A lentidão nas obras de Curitiba para a Copa de 2014 foi tema de reuniões ontem na capital com a visita do secretário nacional de transporte e da mobilidade urbana do Ministério das Cidades, Júlio dos Santos. Um relatório do Tribunal de Contas do Paraná, divulgado com exclusividade pela Gazeta do Povo no domingo, apontou o atraso nos 12 projetos integrantes no PAC da Copa na cidade. Os valores despendidos passaram de R$ 446 milhões a R$ 982,1 milhões. Tamanha demora e reajuste rendeu a abertura de uma CPI na Assembleia Legislativa.
"Foram avaliados na reunião diversos caminhos e aguardamos a resolução de questões entre o Ministério das Cidades e a Caixa [Econômica Federal] para a liberação do primeiro desembolso para as obras", explicou o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Cléver Ubiratan de Almeida, responsável pelos empreendimentos de competência municipal.
A falta de repasse federal paralisou os trabalhos na Linha Verde Sul e no Corredor Marechal Floriano. "Até agora as obras foram conduzidas com recursos do município e estes acabaram. Não podemos avançar porque irá extrapolar a nossa contrapartida financeira prevista em contrato", completou. Das sete obras a cargo da prefeitura, o Corredor Cândido de Abreu é o único ainda não iniciado.
O caso do governo é mais grave e nenhuma das cinco obras saiu do papel, além de os custos terem saltado de R$ 229,5 milhões para R$ 659,2 milhões. À Gazeta do Povo, Gil Polidoro, diretor presidente da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), antecipou que a obra do Corredor Metropolitano deve ser excluída do PAC da Copa. Orçada inicialmente em R$ 130,7 milhões, custaria R$ 505 milhões em valores revisados. A Comec não confirmou se o pedido foi formalizado na reunião de ontem.
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