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Zetti diz não haver favoritismo no clássico | Daniel Castellano / Gazeta do Povo
Zetti diz não haver favoritismo no clássico| Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo

Repercussão

"Todo mundo está triste e o grupo está sentido mesmo. Mas temos que destacar que houve empenho de todos dentro de campo. Sentimos vergonha e dor pela derrota, mas temos condições de reverter isso mais para frente".

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"Treinamos e planejamos jogar no contra-ataque. Quando você dá o meio de campo para eles, o Beto, por exemplo, é um jogador de qualidade e sempre sai par ao jogo. Quando roubássemos a bola, seria fatal. Marcamos bem também".

Vadão elogiou o Paraná, mas defedneu o seu planejament______________________________

"Quando cheguei, me apresentei melhor fisicamente que outros atletas, mas o professor Vadão optou por eu ir para o time B. Fiquei triste, mas depois que tive uma conversa com ele as coisas melhoraram".

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"Eles mereceram o resultado e fizeram por onde conquistar a vitória. Temos que ser sinceros. Eu fui marcado o jogo todo pelo Erandir, mas tivemos chance também e toda hora estávamos no campo deles. Não conseguimos fazer os gols e tomamos dois ou três contra-ataques, mas isso faz parte. Vamos trabalhar na semana porque quarta já temos outro jogo".

Dinelson minimiza a vitória do adversário. Leia mais.

O Atlético não se fez de rogado e em plena Vila Capanema venceu o Paraná por 3 a 0 pela 13.ª rodada do Campeonato Paranaense. Levando em conta toda a tensão inerente a um clássico de futebol, o Tricolor não conseguiu controlar as emoções e, nervoso em campo, sucumbiu à tranqüilidade do Atlético. O placar foi justo e premiou quem soube aproveitar as oportunidades criadas. Denis Marques, por duas vezes, e Ferreira, marcaram os gols do Atlético.

No primeiro tempo de jogo o Paraná jogou melhor que o Atlético, mas ironicamente foi o adversário quem conseguiu marcar. Aproveitando os espaços deixados pelos marcadores do Tricolor, os atleticanos chegavam sempre em jogadas de contra-ataque. Faltou um pouco de toque de bola para o Paraná, que se ressentiu de uma melhor atuação dos seus alas. O público na Vila decepcionou – com apenas 8.103 pessoas nas arquibancadas – mas o jogo foi movimentado e valeu o preço do ingresso.

O jogo

Nos primeiros 20 minutos o equilíbrio prevaleceu e deixou os torcedores dos dois times eufóricos. O clima era ameno e as jogadas de ataque esbarravam na falta de tranqüilidade dos jogadores e na marcação do adversário. Poucas foram as oportunidades efetivas. Enquanto o Paraná fazia valer seu mando de campo e ia para cima dos visitantes, o Atlético esperava uma "brecha" para encaixar um contra-ataque.

O planejamento feito por Vadão parecia impecável, quando aos 21 minutos de jogo o Furacão acertou seu primeiro contra-ataque. Na velocidade, Alex Mineiro recebe o passe pela esquerda, levanta a cabeça e projeta um passe que faria para o atacante Denis Marques. Veloz, o jogador se desvencilha da marcação, recebe o toque do companheiro e chuta com categoria, na saída do goleiro Flávio.

Era visível o nervosismo do Paraná em campo. Os jogadores demonstravam uma vontade muito grande de marcar gols e buscar o resultado dentro de casa, mas o esse nervosismo transcendia o desejo de cada atleta paranista. Do outro lado, o Atlético trabalhava a bola com tranqüilidade e no jargão popular do futebol, "tentava jogar no erro do adversário". Mesmo assim, o Paraná era valente e fazia um excelente primeiro tempo, jogando sempre no campo do adversário.

Da beira do gramado o técnico Zetti tentava acalmar seus jogadores e orientava para que eles chegassem ao gol atleticano. Aos 29 minutos surgiu a maior chance do Tricolor na primeira etapa. O meia Dinelson, que segue como o melhor jogador do elenco paranista, recebeu da entrada da área e chutou com perigo, obrigando o goleiro Cléber a fazer grande defesa. No rebote, por pouco Gerson não marca.

Apesar do equilíbrio aparente, o Atlético conseguia concatenar melhor suas jogadas. Em mais um contra-ataque, o Rubro-Negro ampliou sua vantagem aos 41 minutos de jogo. Na marcação três contra três, Evandro aproveitou a bobeira da zaga paranista e fez o passe para o atacante Denis Marques. Pelo lado esquerdo da área, o atacante bateu com categoria, no ângulo do goleiro Flávio.

Na saída para os vestiários, Beto e Josiel reclamaram do time. "Temos que melhorar bastante nossa equipe. Estamos muito longe do que estamos jogando", disse o atacante. "Eu reclamei para o árbitro no lance do segundo gol, mas ele não marcou. Tem que ter critério em todos ao lances", completou o volante.

Segundo tempo de expulsões e de mais Atlético

Nenhum dos treinadores quis mexer em suas equipes e a intenção deles, principalmente de Zetti, era fazer com que seus conselhos de vestiário fossem levados para o campo de jogo.

O Paraná sentiu um pouco de falta de criatividade no meio e objetividade no ataque. Isso só piorou aos 10 minutos quando após uma falta dura - passível de advertência com cartão amarelo - Joelson foi novamente advertido pelo árbitro. Como foi a sua segunda "bronca formal", o jogador acabou expulso do jogo.

O Atlético passou a administrar a vantagem obtida ainda no primeiro tempo e cadenciou as jogadas. Até os contra-ataques, que eram a arma do Furacão para surpreender o Paraná – e que deram certo na primeira etapa – foram vistos com menos freqüência. O Tricolor, em compensação, tomou conta do meio de campo graças a uma apresentação excelente do meia Dinelson.

Várias chances de gol foram criadas pelos pés do meia paranista, mas a falta de pontaria e tranqüilidade acompanharam os jogadores do Paraná durante o segundo tempo. O panorama do jogo poderia ter mudado com a expulsão do jogador Válber, que recebeu dois cartões amarelos, mas isso não foi suficiente para motivar o time da casa.

O Atlético voltou a pressionar nos minutos finais e aos 45 minutos Michel acertou um chute na trave do goleiro Flávio. Dois minutos depois, Rogério Correa lançou Ferreira com precisão e o meia avançou livremente. Já na área do adversário, o colombiano bateu com precisão nas redes paranistas para fechar o placar em 3 a 0.

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