A utilidade das torcidas organizadas também foi colocada em xeque na pesquisa realizada em Curitiba. Para os entrevistados, somente 30,84% acreditam que o clube seja beneficiado pela turma de seguidores, enquanto 48,22% não vêem ajuda nessa relação de amor e ódio. Para os representantes das equipes, porém, esse laço é importante para o sucesso do time.
É o que disse o presidente do Paraná José Carlos de Miranda. "Nossas torcidas são parceiras, pacíficas e temos um ótimo relacionamento com elas. Eles ajudam incentivando os jogadores em campo o tempo todo, mesmo quando tem uns bobalhões vaiando e criticando o time. Só acho que todas as organizadas deveriam ser completamente independentes dos clubes", resumiu o dirigente.
Já no Coritiba, quem falou foi um ex-comandante de organizada, o hoje secretário do Conselho Administrativo Luiz Henrique Barbosa Jorge, o Espeto. Defendeu a parceria torcida-clube, mas mostrou entender o ponto de vista da sociedade, que apontou que as facções são violentas (69,72%).
"É uma questão social, violência tem em todo lugar, mas não dá para culpar as organizadas", falou. "Elas eram violentas antes porque não eram realmente organizadas fora de campo. Praticamente só se viam dentro do estádio", complementou.
Para ele, a festa que grupos como a Império Alviverde fazem nas arquibancadas servem até como chamariz de público. "É um atrativo a mais", finalizou.
Por sua vez, o Atlético se manifestou por meio de uma nota da assessoria de imprensa, dando a entender que atesta os resultados e indo em direção contrária aos co-irmãos. "Os números da pesquisa falam por si. Também demonstram que o Atlético tem uma postura correta ao optar pela qualidade do estádio com conforto e segurança. Desta forma, o clube atrai os pais, mães e filhos para que esta seja uma opção de lazer para a família. Demonstra a correção da política adotada pelo clube", declarou o diretor de marketing rubro-negro Mauro Holzmann.
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