Bastou o menino Elvis, com nome de estrela do rock, se destacar com passes precisos e jogadas de efeito, na partida diante do Engenheiro Beltrão, na última quinta-feira, para que uma velha pergunta martelasse a cabeça da nação tricolor: "Terá Elvis curta passagem pelo clube, a exemplo de Éverton e Giuliano e Rodrigo Pimpão, as mais recentes revelações paranistas?".
O presidente Aurival Correia garante que não, e mais: Ele avisa que a jovem revelação, de apenas 18 anos, natural da pequena cidade de Janiópolis, no interior do Paraná, pode representar uma revolução na Vila Capanema. "Não vamos pensar nisso neste ano. O Elvis é um jogador 100% Paraná. Fizemos uma total blindagem. Ele pode render muito dinheiro no futuro", disse, por telefone, à Gazeta do Povo Online, o presidente do Paraná Clube.
Logo em seguida ele esclarece: "O Paraná tem 50% e a Base 50% dos direitos do jogador". A Base é a empresa de Marlo Litwinski, vice-presidente de categorias de base do Paraná, que gerencia o Centro de Formação de Atletas do clube, o Ninho da Gralha.
A confiança do dirigente na manutenção da reveleção é embasada no longo contrato entre as partes. Se não houver a "proposta de outro mundo", citado por ele, Elvis só deixará o Paraná em 2012. Antes disso, Correia afirma que o meia será peça importante na tentativa de retorno do time à Primeira Divisão. "Contamos com ele na Série B, imagine o que ele pode fazer? Você viu as jogadas que esse menino fez ontem? (jogo com o Engenheiro Beltrão). Lembra as jogadas do Ricardinho", vibrou o presidente, lembrando do futebol do meia Ricardinho, pentacampeão do mundo em 2002, com a seleção brasileira, revelado no Tricolor.
Porém, o presidente espera um desfecho satisfatório para os cofres do clube, numa eventual negociação de Elvis. "Perdemos muito dinheiro com contratos mal feitos e pelo assédio de empresário. Desta vez não vamos deixar. Na Copa São Paulo já tinha gente querendo levá-lo, mas o pessoal da categoria de base continua cuidando do Elvis. Agora será diferente", garantiu Correia.