Um montanhista australiano que tinha sido dado como morto no dia 25 de maio, quando descia o Monte Everest, foi resgatado vivo por 11 alpinistas e se encontra no acampamento-base, consciente mas com sintomas de congelamento, segundo o site MountEverest.net, neste domingo.
Em princípio foi informado que Lincoln Hall, de 50 anos, tinha morrido de edema cerebral, originado pelas dificuldades da altitude, quando se encontrava a 8.700 metros.
Os sherpas (guias nepaleses) que acompanhavam o montanhista receberam a ordem de descer imediatamente. Por isso, Hill passou uma noite inteira sozinho e as esperanças de que ele fosse achado vivo eram nulas.
Na manhã seguinte, porém, Hill foi encontrado com vida, embora inconsciente e muito debilitado. Ele foi resgatado e levado a um acampamento a 7 mil metros. Uma equipe de 11 montanhistas resgatou o australiano, numa operação que durou quase 12 horas.
Hill pôde falar neste domingo com sua família na Austrália. Ele contou que os dedos de suas mãos mostravam graves sintomas de congelamento.
O caso de Hill é o mais recente de uma temporada especialmente macabra para o montanhismo no Everest. Em cinco meses, morreram pelo menos dez montanhistas. O número é próximo do recorde de 1996, quando foram registradas 12 mortes.
Entre os mortos deste ano há dois membros da expedição de Hill, Igor Plyushkin (de 54 anos) e Thomas Weber (41).
O caso mais polêmico foi o do britânico David Sharp. Segundo as denúncias, cerca de 40 montanhistas passaram por ele quando agonizava, e ninguém se ofereceu para ajudar.
O alto número de acidentes este ano é atribuído ao mau tempo no mês de maio, normalmente o mais propício para as escaladas.
O MountEverest.net também critica a negligência dos serviços de resgate chineses e a falta de informação sobre acidentes ocorridos na face norte. Por causa das críticas, o site foi censurado em território chinês.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura