Ainda adolescente, Caio Júnior deixou Cascavel (Oeste do estado) para jogar nas categorias de base do Grêmio. Após brilhar no Rio Grande do Sul, o então atacante partiu para a Europa. O sucesso na carreira de jogador de futebol, com quase uma década atuando em Portugal, derrubou outra intenção do técnico do Paraná: a de ser psicólogo.
O dom de lidar com o emocional e o relacionamento das pessoas não serve para Caio atender clientes em um consultório, mas é muito útil na função de treinador. Motivar o seu time, das mais variadas formas, e lidar com reclamações, vaidades e divisões dentro de um grupo de mais de 30 jogadores são atribuições que vêm dos dotes de psicólogo do técnico.
Às vésperas da partida contra o São Paulo, domingo, às 16 horas, na Vila Capanema, que pode colocar o Tricolor pela primeira vez no maior campeonato do continente, Caio Júnior falou sobre as táticas de motivação que está usando e revelou os livros que o inspiram na busca das vitórias.Você gostaria de ser psicólogo?Todos têm admiração por uma determinada área. Eu sempre gostei dessa. Mas como nunca tive tempo para ter a formação acadêmica procuro buscar informações com profissionais da área. Converso com o Gilberto Gaertner, com o Evandro Motta e outros. Se tiver a oportunidade, gostaria de fazer a faculdade.Como você implanta isso no futebol?É fundamental no mundo do futebol. Nas dificuldades, você tem de decidir o que é melhor. É preciso ter soluções para os problemas e à medida que as coisas vão acontecendo usar como parâmetro para frente. Uma frase do Paulo Autuori (técnico do Kashima Antlers, do Japão) me cativou. Ele diz que é preciso dizer sempre a verdade por mais difícil que ela seja.Durante esta campanha foram muitas as situações em que você teve de usar essas soluções?Sim. Foram diversas situações. Mas nenhuma que eu possa revelar publicamente. Não há como expor os jogadores nesses casos. Só que isso (indisciplina) ocorre em todos os clubes. Duvido de que o Muricy Ramalho não tenha tido nenhum problema no São Paulo durante este campeonato.Você usou cartazes no vestiário em várias ocasiões durante o Brasileiro com frases motivacionais. Vai ser usado de novo contra o São Paulo?Não revelo a tática de motivação antes do jogo. Tenho de surpreender o jogador. Usamos os cartazes no vestiário antes da partida e durante os treinos da semana contra o São Caetano. Mas cada jogo é uma situação diferente. É preciso buscar coisas que podem envolver o jogador. Como uma palestra diferente, por exemplo.O que você está lendo no momento para buscar idéias?Tudo que eu possa ler eu leio. Recentemente li o livro do Parreira (Formando Equipes Vencedoras) e achei espetacular. Há um mês li o do José Mourinho, técnico do Chelsea, (José Mourinho Porque Tantas Vitórias?, de Bruno Oliveira) e aproveitei muito inclusive para os treinamentos. Eu e o Júlio (César Camargo, auxiliar) lemos O Monge e o Executivo (de James Hunt), muito bom, fala sobre liderança. Mas no momento o que estou lendo e tenho utilizado bastante é um livro que junta várias publicações de auto-ajuda, os 50 Clássicos da Auto-ajuda (de Tom Butler-Bowdon). Cita desde Buda até autores brasileiros da atualidade. Tem muito a ver com a área do futebol.Você citou o José Mourinho. Espelha-se nele?Admiro muito o trabalho dele. Adoro ver o Chelsea jogando principalmente na parte tática. Só que o treinador em que eu mais me inspiro como profissional é o Paulo Autuori.
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