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Jogador forte
Para Sérgio Soares (em destaque), seu estilo se assemelha ao de Arouca, do Santos (abaixo). Um atleta forte. “Tinha também uma boa bola aérea. Um jogador tanto defensivo como ofensivo, que tocava bem a bola”, garante o comandante rubro-negro | Evelson de Freitas
Jogador forte Para Sérgio Soares (em destaque), seu estilo se assemelha ao de Arouca, do Santos (abaixo). Um atleta forte. “Tinha também uma boa bola aérea. Um jogador tanto defensivo como ofensivo, que tocava bem a bola”, garante o comandante rubro-negro| Foto: Evelson de Freitas

Campeões

Destaques dentro e fora de campo

Apesar de muitos dos treinadores brasileiros não terem feito sucesso como jogadores, há pelo menos três exceções importantes: Telê Santana, Zagalo e Emerson Leão.

O primeiro destacou-se no Fluminense, onde era conhecido como "Fio da Esperança". Foi campeão mundial como treinador pelo São Paulo, em 1992 e 1993, depois de fracassar no comando da seleção nas Copas de 1982 e 1986. Mesmo assim, o estilo visto no Mundial da Espanha até hoje é consagrado.

Já Zagalo chegou a ser campeão mundial pela seleção nas Copas de 1958 e 1962. Fora de campo, ganhou o tri em 1970, no México, onde dirigiu a equipe que havia sido montada por João Saldanha.

Por fim, Leão, o goleiro dos mundiais de 1974 e 1978, foi campeão brasileiro em 2002 à frente do Santos de Robinho e companhia.

  • Arouca
  • Boa técnica - Marcelo Oliveira se compara ao meia...
  • ...Diego, do Wolfsburg, da Alemanha. Destaque do Atlético-MG nos anos 70, o técnico do Coritiba assegura que era
  • Um líder - O técnico paranista Roberto Cavalo elegeu – com ressalvas – o volante...
  • ...Lucas, do Liverpool, como exemplo do seu estilo.

Marcelo Oliveira, Sérgio Soares e Roberto Cavalo, comandantes das principais equipes de Curi­­tiba, são ex-jogadores que não tiveram destaque nacional. Al­­go normal no Bra­­sil, como no caso de Van­­derlei Luxemburgo e Muricy Ra­­ma­­lho. Porém os três têm outra coi­­sa em comum: adorariam poder contar com eles mesmos, mais jovens, nos times que dirigem.O técnico do Coritiba é o que mais se destacou do trio. For­­ma­­do no Atlético Mineiro, onde fez 285 jogos e 104 gols, Oliveira chegou à se­­leção disputando as Eli­­mi­­na­­tórias para a Copa de 1978. Meia-esquerda, Marcelo Oli­­vei­­ra atuou como profissional en­­tre 1972 e 1984, tendo as ca­­rac­­terísticas, segundo ele próprio, parecidas com a do meia Die­­go, do Wolfsburg, da Ale­­manha.

"Eu era um jogador de boa téc­­nica, inteligente para jogar. Participei de um time que facilitou o meu desenvolvimento, com uma geração que subiu junto, com [To­­­ninho] Cerezo, Reinaldo, Paulo Isidoro e Ge­­túlio, todos do Atlético Mi­­nei­­ro", lembra Oliveira. "Um jo­­gador interessante, que servia mais os companheiros do que fi­­nalizava a gol", complementa.

Já o atual comandante do Atlé­­tico teve o seu ápice no fu­­te­­bol árabe, no Al-Hilal, onde ga­­­­rante que chegava a ser perseguido pelos fãs nas ruas. Ex-vo­­lante, Sérgio Soares ocupou a reserva de Flávio Concei­­ção na equipe do Palmeiras de 1996, mas foi pelo Juventus que disputou a maioria de suas partidas. Se Oliveira afirma ter as características de Diego, o treinador rubro-negro diz acreditar que jogava como Arouca, atualmente no San­­tos.

"Eu era um jogador de muita força, marcava muito forte, ti­­nha um bom passe e saía bem para o ataque como segundo vo­­lante. Tinha também uma boa bola aérea. Um jogador tanto de­­fensivo como ofensivo, que tocava bem a bola", exalta Soa­­res, que chegou a jogar no Kioto, do Japão, e encerrou a carreira, iniciada em 1982, em 2004, no Santo André.

O técnico paranista Roberto Cavalo, quando ainda atuava dentro das quatro linhas, se re­­vezava como primeiro ou se­­gundo volante, dependendo da intenção do treinador. Porém, hoje o comandante do Tricolor não vê um atleta que tenha um estilo parecido ao seu. "O Lucas [do Liverpool] é uma referência boa em termos de marcação, o estilo, o posicionamento", pondera, fazendo uma ressalva. "Acho que eu tinha mais qualidade do que ele para sair para o jogo, fazia mais gols", garante Cavalo.

Após iniciar a carreira em 1983, no Atlético, o ex-volante teve mais destaque no Cri­­ciú­­ma, onde ficou por quatro anos. Lá foi campeão da Copa do Brasil, em 1991, naquele ti­­me sensação comandado por Felipão. "Eu era um jogador que marcava, corria muito, ba­­tia muito bem na bola, decidin­­do muitos jogos em gols de fal­­ta", explica Cavalo.

"E era sempre um líder. O treinador fora de campo tinha um treinador dentro, que era eu", afirma o paranista, que encerrou a carreira nos gramados em 1997, no Avaí.

Agora, diante da importância de comandar os três principais clubes de Curitiba em 2011 e de ajudar na formação dos seus elencos, os treinadores ga­­rantem que contratariam a si mesmos se fosse possível.

"Neste time do Coritiba tem muitos bons jogadores: o Mar­­cos Aurélio que faz esta função, o Rafinha e outros. Eu estaria ali junto com eles lutando por uma posição", explica Marcelo Oliveira. "Eu cairia bem sim [no atual elenco atleticano], porque eu era um jogador de luta, de de­­terminação, que é o que esta torcida gosta", afirma Sérgio Soares. "Com certeza [se escalaria]. Queria ter mais de um. Queria ter dois, três Rober­­to Ca­­valo no meu time", finaliza o técnico tricolor.

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