Campeões
Destaques dentro e fora de campo
Apesar de muitos dos treinadores brasileiros não terem feito sucesso como jogadores, há pelo menos três exceções importantes: Telê Santana, Zagalo e Emerson Leão.
O primeiro destacou-se no Fluminense, onde era conhecido como "Fio da Esperança". Foi campeão mundial como treinador pelo São Paulo, em 1992 e 1993, depois de fracassar no comando da seleção nas Copas de 1982 e 1986. Mesmo assim, o estilo visto no Mundial da Espanha até hoje é consagrado.
Já Zagalo chegou a ser campeão mundial pela seleção nas Copas de 1958 e 1962. Fora de campo, ganhou o tri em 1970, no México, onde dirigiu a equipe que havia sido montada por João Saldanha.
Por fim, Leão, o goleiro dos mundiais de 1974 e 1978, foi campeão brasileiro em 2002 à frente do Santos de Robinho e companhia.
Marcelo Oliveira, Sérgio Soares e Roberto Cavalo, comandantes das principais equipes de Curitiba, são ex-jogadores que não tiveram destaque nacional. Algo normal no Brasil, como no caso de Vanderlei Luxemburgo e Muricy Ramalho. Porém os três têm outra coisa em comum: adorariam poder contar com eles mesmos, mais jovens, nos times que dirigem.O técnico do Coritiba é o que mais se destacou do trio. Formado no Atlético Mineiro, onde fez 285 jogos e 104 gols, Oliveira chegou à seleção disputando as Eliminatórias para a Copa de 1978. Meia-esquerda, Marcelo Oliveira atuou como profissional entre 1972 e 1984, tendo as características, segundo ele próprio, parecidas com a do meia Diego, do Wolfsburg, da Alemanha.
"Eu era um jogador de boa técnica, inteligente para jogar. Participei de um time que facilitou o meu desenvolvimento, com uma geração que subiu junto, com [Toninho] Cerezo, Reinaldo, Paulo Isidoro e Getúlio, todos do Atlético Mineiro", lembra Oliveira. "Um jogador interessante, que servia mais os companheiros do que finalizava a gol", complementa.
Já o atual comandante do Atlético teve o seu ápice no futebol árabe, no Al-Hilal, onde garante que chegava a ser perseguido pelos fãs nas ruas. Ex-volante, Sérgio Soares ocupou a reserva de Flávio Conceição na equipe do Palmeiras de 1996, mas foi pelo Juventus que disputou a maioria de suas partidas. Se Oliveira afirma ter as características de Diego, o treinador rubro-negro diz acreditar que jogava como Arouca, atualmente no Santos.
"Eu era um jogador de muita força, marcava muito forte, tinha um bom passe e saía bem para o ataque como segundo volante. Tinha também uma boa bola aérea. Um jogador tanto defensivo como ofensivo, que tocava bem a bola", exalta Soares, que chegou a jogar no Kioto, do Japão, e encerrou a carreira, iniciada em 1982, em 2004, no Santo André.
O técnico paranista Roberto Cavalo, quando ainda atuava dentro das quatro linhas, se revezava como primeiro ou segundo volante, dependendo da intenção do treinador. Porém, hoje o comandante do Tricolor não vê um atleta que tenha um estilo parecido ao seu. "O Lucas [do Liverpool] é uma referência boa em termos de marcação, o estilo, o posicionamento", pondera, fazendo uma ressalva. "Acho que eu tinha mais qualidade do que ele para sair para o jogo, fazia mais gols", garante Cavalo.
Após iniciar a carreira em 1983, no Atlético, o ex-volante teve mais destaque no Criciúma, onde ficou por quatro anos. Lá foi campeão da Copa do Brasil, em 1991, naquele time sensação comandado por Felipão. "Eu era um jogador que marcava, corria muito, batia muito bem na bola, decidindo muitos jogos em gols de falta", explica Cavalo.
"E era sempre um líder. O treinador fora de campo tinha um treinador dentro, que era eu", afirma o paranista, que encerrou a carreira nos gramados em 1997, no Avaí.
Agora, diante da importância de comandar os três principais clubes de Curitiba em 2011 e de ajudar na formação dos seus elencos, os treinadores garantem que contratariam a si mesmos se fosse possível.
"Neste time do Coritiba tem muitos bons jogadores: o Marcos Aurélio que faz esta função, o Rafinha e outros. Eu estaria ali junto com eles lutando por uma posição", explica Marcelo Oliveira. "Eu cairia bem sim [no atual elenco atleticano], porque eu era um jogador de luta, de determinação, que é o que esta torcida gosta", afirma Sérgio Soares. "Com certeza [se escalaria]. Queria ter mais de um. Queria ter dois, três Roberto Cavalo no meu time", finaliza o técnico tricolor.
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