É concreta a possibilidade de Paulo Autuori deixar o Grêmio no fim do ano. Com contrato até dezembro de 2010, o treinador deixa claro que analisará as propostas que receber. Algumas já chegaram. É o caso do Al-Rayyan, clube que ele treinava no Qatar antes de fechar com o clube gaúcho. Questionado repetidas vezes sobre a permanência no Olímpico em 2010, o técnico não garantiu que seguirá no Tricolor. Na entrevista coletiva desta terça-feira, ele deu a permanência como provável, mas nunca como certa.
Autuori já passou uma sondagem do Al-Rayyan para a diretoria. Dependendo dos valores, ele irá. "Qual hipócrita vai dizer que não existe proposta irrecusável? Eu não sou hipócrita. Isso não existe em todos os setores", disse o treinador.
Paulo Autuori não é definitivo. Ele se diz feliz no Grêmio, já planeja 2010, mas evidencia que deixar o clube é uma possibilidade. Por enquanto, o treinador garante não negociar com ninguém. E diz que o foco está no Olímpico.
"Em todos os clubes nos quais trabalho, tenho sondagens. Não tem absolutamente nada. Quando acontece, a primeira coisa que faço é falar com a direção. Tenho essa (do Al-Rayyan) e outras. Para mim, é uma rotina, algo natural. Meu foco é aqui, é lutar pelo que precisamos. Temos um jogo importante contra o São Paulo", afirmou.
A diretoria do Grêmio se mostra descrente sobre a saída do treinador. O diretor de futebol do Tricolor, Luiz Onofre Meira, aposta na permanência dele. O próprio Autuori, embora não garanta que seguirá, trata como provável a manutenção do trabalho.
"Já começamos a pensar em algumas coisas para a próxima temporada, jogadores que podem vir. Tenho proposta para ver as cidades da pré-temporada. Isso tudo está encaminhado. Não é novidade isso. Na hora em que eu tomar uma decisão, vou dizer por quê. Na minha cabeça, está a continuidade", comentou.
Paulo Autuori teve quase dois meses de negociação com o Grêmio até se desvencilhar do Al-Rayyan. A diretoria tricolor esperou pelo treinador porque viu nele o perfil ideal para aquilo que ela chamou de "projeto de gestão". No fim do ano, tudo pode ser desfeito.
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