Único volante do Atlético, Jairo ficou perdido entre fazer a marcação em Marcelinho Paraíba ou em Ariel (com a bola na cabeça)| Foto: Valterci Santos/Gazeta do Povo

Os 1.400 coxas-brancas que foram à Baixada acompanhar a 339ª edição do principal clássico do futebol paranaense se surpreenderam com o que viram. A começar pela presença no banco de René Simões – a informação inicial era de que o auxiliar Édison Borges ficaria no gramado. As novidades continuaram na escalação. Mancha voltava a ser volante, sua posição de origem. O "exilado" Pereira reapareceu entre os titulares e o contestado Ariel seguiu no time.

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Os alviverdes viram também um time avassalador em campo. Com 20 minutos, já batia o rival por 2 a 0, gols de Marcelinho Paraíba (após cobrança de falta ensaiada) e Marcos Aurélio (de pênalti). Mesmo em minoria, eram os gritos de "Coxa" que ecoavam pelo estádio.

As surpresas, contudo, não pararam por aí. No começo do segundo tempo, quem reinou foi o Atlético, para festa da maioria. Motivado pela fraca atuação da equipe, Geninho corrigiu no intervalo os erros da escalação inicial. Saíram os apagados Netinho, Julio dos Santos e Júlio César. Entraram, respectivamente, Márcio Azevedo, Lima e Wallyson. O Furacão cresceu. Encurralou o adversário, chegando ao empate com Rafael Moura (contando com a falha de Cleiton) e Marcinho (de pênalti).

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A essa altura faltava só um gol para o Rubro-Negro ser campeão. Aí, uma falha da defesa (gol de Ariel) e um contra-ataque mortal (gol de Marlos) minaram qualquer possibilidade de título antecipado. Restou a resignação. "É levantar a cabeça e pensar no Cianorte", avisou o zagueiro Rhodolfo. Do outro lado, só alegria. "Não tem surpresa. Sabia que tínhamos condições de ganhar em qualquer lugar", ressaltou Marcelinho Paraíba, o responsável por liderar dentro das quatro linhas o triunfo alviverde na casa do inimigo. (CEV)