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Athos Schwantes em Londres: ano em Roma deu experiência ao curitibano | Daniel Castellano, enviado especial/ Gazeta do Povo
Athos Schwantes em Londres: ano em Roma deu experiência ao curitibano| Foto: Daniel Castellano, enviado especial/ Gazeta do Povo

O esgrimista Athos Schwantes sabe que chega como azarão aos Jogos Olímpicos de Londres. E é exatamente isso que ele pretende usar como arma diante do quinto colocado do ranking mundial da espada, o holandês Bas Verwijlen. "Tenho certeza de que ele vai estar muito mais nervoso do que eu, porque a obrigação de vencer é dele. E eu estou aqui para estragar a festa", comentou o curitibano de 27 anos, primeiro paranaense a disputar a modalidade em uma Olimpíada.

O duelo está marcado para quinta-feira, às 14h30 (de Brasília), na Excel Arena. "Quero explorar bastante o nervosismo dele. Olimpíada é uma competição particular, em que muitas vezes os favoritos caem já nas fases iniciais justamente pelo fator psicológico", explica, se aprofundando na receita para surpreender.

A confiança para encarar de igual para igual um dos tops mundiais vem da experiência que Schwantes conquistou desde o início de 2011, quando se mudou para Roma e passou a se dedicar exclusivamente à esgrima. Na capital italiana, além de treinar com o líder do ranking mundial da espada, o italiano Paolo Pizzo, ele também pôde disputar quase cinco vezes mais provas do que se tivesse ficado no Brasil.

Essa intensidade permitiu que ele adaptasse sua forma de atuar aos mais diferentes estilos de adversários. "No Brasil, eu iria disputar sete provas nesse período; na Europa, disputei 36, incluindo todo o circuito mundial e alguns regionais. Essa rotatividade de adversários permite que eu me adapte mais rápido ao estilo de quem vou enfrentar, já que no Brasil eram sempre os mesmos oponentes", explica Schwantes, que também é sargento do Exército e segue vinculado ao Círculo Militar de Curitiba.

Justamente por não estar entre os candidatos mais cotados ao pódio, Schwantes prefere nem sonhar com uma medalha. Sem pressão por resultados, ele vai galgar um degrau por vez. "O momento mais difícil foi a classificação para a Olimpíada. Agora, eu estou vivendo o momento, com muito apoio do meu técnico [o italiano Felippo Lombardo], da minha família e, principalmente, da minha esposa Gabriela, que está comigo aqui", revela o esgrimista, cuja família toda (os pais e os dois irmãos) se dedica ao esporte.

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