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O São Caetano provou ontem que eliminar o favorito São Paulo na semifinal com direito a goleada no Morumbi lotado (4 a 1) não foi acidente. No papel de "zebra" da decisão do Campeonato Paulista, o Azulão voltou ao estádio do Tricolor para enfrentar outro favorito, o todo-poderoso Santos de Vanderlei Luxemburgo, e aprontou mais uma vez. Ganhou por 2 a 0, com gols de Luiz Henrique e Somália, abrindo boa vantagem para o confronto da próxima semana, outra vez no terreno são-paulino.

"O Santos foi superior ao São Caetano com a bola no pé. Nós jogamos mais e tivemos chances para matar o jogo. O problema é que pecamos nas finalizações e isso aumenta a nossa responsabilidade", tentou explicar o goleiro alvinegro Fábio Costa, que perdeu uma invencibilidade de 306 minutos e cometeu pênalti em Marcelinho, aos 36 minutos do segundo tempo, ampliando o problema do Peixe para os derradeiros 90 minutos. Na cobrança da penalidade, Somália assumiu a liderança isolada da artilharia com 13 gols.

O resultado ressaltou ainda um problema crônico do representante do litoral paulista. Com a melhor campanha na fase de classificação, o Santos jogava por quatro empates para comemorar o título – duas vezes na semi e duas na final. A partir de então, parou de fazer gols. Já são três jogos sem festejar uma bola na rede adversária pelo Estadual. Fato lembrado pelo atacante Marcos Aurélio, ex-Atlético. "Pressionamos hoje (ontem), mas faltou tranqüilidade na hora de concluir".

E até mesmo na arquibancada o São Caetano surpreendeu. Considerado um clube sem torcida, o Azulão lotou a parte destinada a ele no Morumbi – 3 mil lugares. Reflexo da boa fase e da atuação da prefeitura da cidade, que distribuiu ingressos e providenciou transporte para a turma do município fazer barulho. Foram 40 ônibus e um coro de "A-ha, U-hu, o Morumbi é nosso" verdadeiro como nunca.

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