Sob o comando de Vadão, o Atlético aos poucos vai recuperando o poder da Arena. Ao fazer 3 a 0 na Ponte Preta, ontem, venceu a segunda partida consecutiva no estádio e segue com 100% de aproveitamento em casa depois da chegada do novo treinador antes havia conquistado apenas 38,9% dos pontos disputados no Brasileiro.
Ainda não é o velho Caldeirão. Ontem, pouco mais de seis mil torcedores o menor do Rubro-Negro em casa no Brasileiro pagaram ingresso para ver o time sair da zona de rebaixamento. Só o placar lembrou o Furacão de outros tempos. O futebol, porém, ainda precisa melhorar bastante.
Principalmente se o referencial for o primeiro tempo, no qual as equipes atuaram realmente como quem luta contra o rebaixamento. A Macaca foi um pouco melhor, mas, num lance isolado, o Atlético conseguiu sair na frente com um gol do baixinho Ferreira (1,66 m) de cabeça, aos 17 minutos pouco depois a Ponte foi prejudicada em um gol mal anulado do zagueiro Régis.
O segundo tempo sim mostrou que o Furacão pode recuperar de vez a mística da Baixada. Muito porque o segundo gol veio logo aos três minutos e trouxe tranqüilidade. Depois da jogada de Denis Marques, o também baixinho Marcos Aurélio (1,67 m) aproveitou o rebote e empurrou para a rede.
Um sinal de que a fase está mudando veio depois da saída de bola, quando o goleiro Cléber contou com a sorte ao ver o ponte-pretano Iran perder embaixo da trave um gol ainda mais fácil. A partir daí o Atlético conseguiu administrar a vantagem e não sofreu tantos sustos.
A torcida, que recentemente protestou no aeroporto após uma derrota apática para o Grêmio, desta vez aplaudiu o time. Até o perseguido Denis Marques, que no domingo foi acertado por um sanduíche jogado por um atleticano em Florianópolis, foi festejado.
Com o clima favorável, e aproveitando a fragilidade da defesa adversária disparada, a mais vazada da competição, com 38 gols sofridos o Rubro-Negro ainda aumentou a placar com a participação de dois reservas. Herrera ajeitou e Válber, depois de um voleio fraco, contou com a colaboração do goleiro Aranha para fazer seu primeiro gol pelo clube.
"Ainda está um pouco longe do Atlético ideal, mas vamos caminhando para isso. Vale a pena perceber o empenho dos jogadores para crescer", analisou Vadão, que teve o nome gritado pela torcida no segundo tempo, bem diferente da época do "Fora Givanildo".
Em Curitiba
Atlético 3Cléber; Jancarlos, Danilo, João Leonardo e Michel; Marcelo Silva (Erandir), Alan Bahia, Cristian e Ferreira; Marcos Aurélio (Válber) e Denis Marques (Herrera).Técnico: Oswaldo Alvarez.
Ponte Preta 0Aranha; Carlinhos (Fábio Baiano), Régis e Rafael Santos; Nei, Thiago Carpini, Ricardo Conceição, Vélber, Almir (Mossoró) e Iran; Luís Mário.Técnico: Marco Aurélio Moreira.
Estádio: Kyocera Arena. Árbitro: Luiz Alberto Sardinha Bites (GO). Gols: Ferreira (A) aos 17 do 1.º tempo; Marcos Aurélio (A) aos 3 e Válber (A) aos 39 do 2.º tempo. Amarelos: Jancarlos, João Leonardo, Michel (A); Régis (P). Público pagante: 6.036 (total de 7.571).
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