O piloto inglês Lewis Hamilton, 32, da Mercedes, chegou em nono lugar no Grande Prêmio do México, disputado neste domingo (29), e conquistou com duas corridas de antecipação o tetracampeonato da F-1.
O inglês chocou-se com Sebastian Vettel na primeira volta, e ambos tiveram que realizar uma prova de recuperação em busca de suas pretensões na temporada. Melhor para o piloto da Mercedes, que terminou em nono e garantiu o título já que o da Ferrari acabou em quarto, posição insuficiente para tentar um milagre nas duas últimas corridas do ano, no Brasil e Emirados Árabes.
O holandês Max Verstappen, que largou em segundo, liderou a prova de ponta a ponta e conquistou sua segunda vitória na temporada. Valtteri Bottas foi o segundo colocado, enquanto Kimi Raikkonen fechou o pódio, terminando a prova na terceira colocação.
O segredo para o sucesso do piloto inglês está na classificação para os GPs. Só em 2017 foram 11 poles, que o transformaram no maior recordista no quesito (72). Neste ano, ele deixou para trás o alemão Michael Schumacher (68) e o brasileiro Ayrton Senna (65), duas lendas da categoria.
Com a conquista, Hamilton superou em títulos seu ídolo, o tricampeão Ayrton Senna (1988, 1990 e 1991), e se igualou ao rival alemão Sebastian Vettel (2010-2013) e ao ex-piloto francês Alain Prost (1985, 1986, 1989 e 1993). O maior vencedor é Michael Schumacher, com sete títulos (1994, 1995, 2000-2004), seguido pelo argentino Juan Manuel Fangio, com cinco (1951, 1954-1957).
Primeiro britânico tetracampeão da F1, o piloto da Mercedes se tornou famoso nos últimos anos também pela “performance” fora das pistas. Entre uma vitória aqui e uma pole position ali, o inglês frequenta o tapete vermelho de festas organizadas por revistas famosas, bate fotos com belas mulheres no Festival de Cannes, na França, posa ao lado de atores como Will Smith e Arnold Schwarzenegger. Faz “resenha” com o ex-jogador da NBA, Scottie Pippen, e até o brasileiro Neymar, de quem é amigo.
Em sua terra, já almoçou até com a Rainha Elizabeth II no Palácio de Buckingham e adentrou os restritos círculos de Wimbledon. Mas seu status de celebridade não foi o suficiente para entrar no Box Real, trecho super VIP da tribuna do torneio de tênis. O motivo foram as roupas consideradas inadequadas para o rígido “dress code” do local.
Hamilton já se tornou famoso pelo estilo, com tatuagens e muitos acessórios. Adepto dos últimos lançamentos da moda, ele recebe dicas de um estilista para montar seu guarda-roupa. E ocupa lugares de destaques em desfiles das semanas da moda de Paris e Nova York, onde tem apartamento. Sua residência oficial é em Montecarlo.
Para ir de uma casa para a outra, Hamilton usa seu jatinho particular, fabricado pela canadense Bombardier. O modelo Challenger CL-605 foi adquirido em 2013 por 20 milhões de libras na época, o que seria equivalente hoje a R$ 85 milhões. Nada que ameace as contas do piloto. Seu próximo contrato com a Mercedes, a ser oficializado ainda neste ano, deve superar a barreira dos 100 milhões de libras.
Segundo lista tradicional do jornal britânico The Sunday Times, Hamilton é o atleta mais rico do Reino Unido na atualidade, com fortuna estimada em 131 milhões de libras. Ele supera astros do futebol como Zlatan Ibrahimovic, do Manchester United, e Wayne Rooney, do Everton.
Como todo “bon vivant”, Hamilton gosta de música (toca piano, violão e “ataca de DJ”) e não esconde que gosta de estar acompanhado de mulheres bonitas, seja em uma visita à Mansão da Playboy ou em um passeio de esqui ao lado da norte-americana Lindsey Vonn, campeã olímpica nos Jogos de Inverno.
O currículo de namoradas famosas do piloto é extenso. Tem Sofia Richie (filha do cantor Lionel Richie), a modelo Winnie Harlow e as cantoras Nicole Scherzinger e Rita Ora, além, é claro, de amizades que geraram fortes rumores, caso de Rihanna, outra estrela da música.
O sucesso dentro e fora das pistas fez o jornal The Sun considerar Hamilton o “último piloto de Hollywood” da Fórmula 1. “O estilo de vida que eu tenho é com certeza bem diferente do de outros pilotos. Meu jeito de trabalhar se encaixa perfeitamente em minha vida. Trata-se de curtir cada momento”, disse o piloto.
Longe da badalação, porém sem abdicar dos holofotes, Hamilton tenta equilibrar a vida de piloto com a de humanitário. Nos últimos anos, representou a Unicef do Reino Unido em visitas às Filipinas e ao Haiti para dar atenção a crianças afetadas por tragédias.
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