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Mal a Libertadores foi conquistada, em julho, e a torcida do Corinthians prometeu invadir o Japão na disputa do Mundial de Clubes da Fifa. Hoje, às 8h30 (de Brasília), na estreia diante do Al Ahly, no Toyota Stadium, será possível ter a noção exata da jornada alvinegra ao outro lado do planeta.

Até então não há números precisos sobre a movimentação do "bando de loucos". A CVC – operadora de turismo que organizou a excursão oficial do clube, batizada "Vai, Corinthians" – vendeu cerca de 2 mil pacotes, com preços de US$ 2,5 mil a US$ 4,7 mil. Outras companhias também promoveram excursões.

Entretanto, a quantidade de torcedores que seguiram por conta própria representa a maior parte do apoio que virá das arquibancadas. Ao todo, são esperados 20 mil alvinegros no estádio, sendo 10 mil vindos do Brasil.

O empresário Phelipe Rangel, 31 anos, é um dos que esquematizou a própria excursão. Paulista, ele mudou-se para Curitiba há 14 anos e, desde então, não perde nem um jogo sequer do Timão na capital. "Sempre tive em mente que se o Corinthians fosse disputar um Mundial, eu iria. Acertei tudo sozinho. Sai de férias do Brasil em novembro, com a minha esposa Danielli, passamos pelo Canadá antes de vir para o Japão. O acesso ao Japão é bem mais fácil", explica Rangel, direto de Toyota, local da estreia na competição.

Ao contrário da maioria, ele conseguiu fazer uma viagem gastando pouco. Trocou as passagens por milhas e parcelou as diárias do hotel no cartão de crédito. "Normalmente, se gasta uma fortuna para vir para cá", diz o torcedor.

Além do alto custo, os fanáticos alvinegros tiveram de enfrentar problemas na compra dos ingressos. O site da Fifa – responsável por concentrar a comercialização das entradas – apresentou instabilidade por um longo período, deixando os corintianos tão nervosos quanto na decisão da Libertadores com o Boca Juniors.

Outra dificuldade tem sido o frio intenso do inverno japonês. Nos últimos dias, os termômetros têm registrado regularmente 0°C, temperatura prevista para o momento em que a bola rolar.

Preocupação que Juliano Rabelo, 30 anos, não tem. O administrador chegou a programar a viagem para o Japão, mas teve de desfazer o sonho. Vai acompanhar o clube do coração na sede da torcida curitibana Estopim da Fiel, no bairro Boa Vista.

"Infelizmente, não pude ir. Mas tudo bem, o importante é ficarmos com o título", declara. Rabelo espera em torno de 50 pessoas reunidas para assistir ao confronto com os egípcios pela televisão. "Não fosse um dia normal de semana, pela manhã, seria muito mais gente", completa.

Em Londrina, também há programação para torcer em grupo. A Fiel Londrina – representante oficial da organizada Gaviões da Fiel – abrirá as portas de sua sede, no Jardim Bandeirantes, Oeste da cidade. "Temos um telão, um bom projetor, estaremos desde cedinho aquecendo e convidamos os corintianos a assistir a esse jogo conosco", afirma Max Eduardo Rosa, 21 anos, uma das lideranças da Fiel.

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