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A sina da troca de comando fez mais uma vítima no Paraná. Ontem foi a vez de Luiz Carlos Barbieri experimentar a má sorte que acompanha os treinadores contratados pelo clube no Brasileiro por pontos corridos. O substituto de Lori Sandri viu um Tricolor irreconhecível perder por 2 a 0 para o Juventude, em Caxias do Sul.

O retrospecto negativo dos recém-contratados atingiu também Adílson Batista, Edu Marangon, Saulo de Freitas e Gílson Kleina nos dois últimos anos – se não na estréia, logo em seguida.

O tropeço de ontem elevou para quatro o número de rodadas sem vitórias. O revés foi ainda pior diante dos outros resultados concorrentes. Com as derrotas do Corinthians (3 a 2 para São Paulo) e Goiás (3 a 0 para o Figueirense), uma vitória poderia colocar o Tricolor em terceiro lugar – melhor posição da equipe até aqui no Nacional.

Sofrível

O Juventude aproveitou uma série de vacilos para conseguir a vantagem cedo. Por duas vezes o Paraná teve a chance de isolar a bola, mas ela sobrava para os gaúchos. Assim, Josiel aproveitou um cruzamento, subiu mais do que dois defensores e marcou de cabeça, aos 9 minutos.

A falha primária, incompatível com a melhor defesa do Nacional, custou o fim do esquema programado por Barbieri. "Entramos tocando bem a bola. Com o gol nos perdemos e começamos a errar muitos passes", reconheceu o jogador Marcos.

Desestruturado, o Tricolor precisou sair, e deu espaço aos donos da casa. Até conseguiu impor uma certa pressão, mas aí foi prejudicado pela inexperiência de João Paulo. O substituto do suspenso Aderaldo deu um tranco em Josiel (ele de novo) dentro da área e o árbitro marcou pênalti.

Na cobrança, Darci experimentou sorte e azar no mesmo lance. O lateral Róger cobrou e o camisa 1 deu um tapa na bola, que bateu na trave. O próprio lateral aproveitou o rebote e ampliou, aos 33’. Se o goleiro não tivesse tocado na bola seria caracterizado dois toques – já que a trave é um elemento neutro em campo – e Róger não poderia apanhar o rebote.

O Paraná se arrastou em campo até o fim do primeiro tempo. A apatia provocou mudanças na equipe. Sobrou para Mário César, substituído por Welington Paulista. Não adiantou.

O jogo ficou ainda pior no segundo tempo. Além de passes errados, as faltas se multiplicaram, acabando com qualquer ritmo e qualidade no Alfredo Jaconi. Barbieri tentou suas outras duas tacadas em substituições e não obteve resultado. No jogo todo, o time deu apenas um chute a gol e não poderia mesmo esperar outro resultado que não a derrota.

No próximo domingo, o Paraná enfrenta o Palmeiras, no último dos quatro jogos com mando em Maringá. Já o Juventude vai a São Januário enfrentar o Vasco.

Em Caxias do Sul

Juventude 2 x 0 Paraná

JuventudeFabiano; Ederson, Antonio Carlos (Índio) e Daniel; Juliano, Lauro, Wellington Monteiro, Tucho (Jardel) e Roger; Marcelinho (Diego Campos) e Josiel.Técnico: Sebastião Lazaroni.

ParanáDarci; Daniel Marques, Marcos e João Paulo (Flávio Alex); Neto, Beto, Mussamba, Mário César (Welington Paulista), Tiago Neves (Maicossuel) e Vicente; Borges. Técnico: Luiz Carlos Barbieri.

Estádio: Alfredo Jaconi. Árbitro: Luís Marcelo Vincentin Cansian (SP). Gols: Josiel (J), aos 9’, Roger (J), aos 33’ do 1.º tempo. Amarelos: Antonio Carlos e Lauro (J); Marcos e Daniel Marques (P).

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