Com uma atuação de gala, o Barcelona derrotou o Manchester United por 3 a 1, neste sábado (27), no Estádio de Wembley, em Londres, e conquistou seu quarto título da Liga dos Campeões da Europa, o terceiro em seis anos. Lionel Messi, em dia inspirado, Pedro Rodriguez e David Villa marcaram para os espanhóis, enquanto Wayne Rooney balançou as redes para os ingleses, em jogada irregular.
Os dois times chegaram a fazer um primeiro tempo equilibrado e foram para o intervalo com um empate por 1 a 1. No entanto, o Barcelona acelerou o jogo no início da segunda etapa e, sob o comando de Messi, marcou dois gols e sacramentou a vitória incontestável.
O domínio do campeão espanhol pôde ser atestado pela superioridade do ataque, com 19 finalizações, contra apenas quatro dos ingleses. Ao todo, o Barcelona apresentou 63% de posse de bola, diante de 33% do adversário. Com seu grande desempenho, a equipe de Josep Guardiola garantiu vaga no Mundial de Clubes, que será disputado no Japão, em dezembro.
O Manchester, por sua vez, perdeu a chance de faturar seu quarto título europeu, após se sagrar o recordista de títulos ingleses, há duas semanas. A final marcou a despedida do goleiro holandês Van der Sar, de 40 anos.
O JOGO - Para a decisão deste sábado, Guardiola surpreendeu ao deixar o zagueiro e capitão Puyol no banco de reservas. Após passar por cirurgia no joelho, ele jogou apenas três partidas desde janeiro. Mascherano foi seu substituto na zaga, enquanto Busquets foi deslocado para o meio. Abidal iniciou como titular da lateral esquerda. Alex Ferguson, por sua vez, manteve a formação com a qual o Manchester se sagrou campeão inglês há duas semanas.
O início da decisão desta temporada repetiu a final de 2009, quando o Barcelona venceu por 2 a 0 e ficou com o troféu. Mais agressivo, o Manchester adotou a mesma estratégia de pressionar o rival logo nos primeiros instantes, com forte marcação no ataque, em busca do primeiro gol.
A estratégia foi favorecida pelos erros de passe do Barcelona na saída de bola e no meio-campo. Contudo, não resultou em mudança no placar. Rooney até levou perigo, ao receber lançamento profundo aos 8 minutos, mas parou no goleiro Valdés.
Após neutralizar a pressão do Manchester, o Barcelona recuperou a posse de bola e assumiu o domínio do jogo, exibindo seu conhecido toque de bola. Como resultado, gerou a primeira boa chance de gol, aos 15 minutos, em rápida troca de passe pela direita. Pedro, na pequena área, desperdiçou a oportunidade ao completar cruzamento para fora.
O Barcelona, porém, seguia com dificuldade para superar as duas linhas de quatro da bem armada defesa do Manchester. Messi investia pelo meio, sem sucesso, enquanto Villa arriscava nas finalizações, aos 19 e aos 20. Na primeira, bateu para fora. Na sequência, parou nas mãos de Van der Sar.
O time espanhol ameaçava com mais propriedade nos contra-ataques. Aos 27, Xavi aproveitou a demora do rival em se reagrupar na defesa e encontrou Pedro sem marcação na direita. Desta vez o atacante não vacilou e mandou firme para o fundo das redes: 1 a 0.
Mas a reação do Manchester não tardou. Sem se abater com o gol sofrido, os ingleses buscaram o empate aos 34 minutos, em jogada irregular. Giggs, em posição de impedimento, deu caprichada assistência para Rooney, que encheu o pé da entrada da área, sem dar chances para o goleiro Valdés.
O Barcelona quase retomou a liderança do placar, aos 42, em jogada capitaneada por Messi. Ele avançou em velocidade pelo meio e rolou para Villa, que preferiu cruzar rasteiro para o argentino, que acabou não alcançando a bola na pequena área.
Messi, contudo, não vacilou no segundo tempo. Logo aos 8 minutos o argentino dominou fora da área e, sem ser ameaçado pelos marcadores, bateu com curva para as redes. Com a visão bloqueada pela zaga, Van der Sar não alcançou a bola e viu Messi vibrar muito com a torcida espanhola presente nas arquibancadas de Wembley.
O gol confirmou o domínio do Barcelona, que passou a dar espetáculo em campo. Cada vez mais solto, o time abusava das rápidas trocas de bolas e chegava com facilidade ao ataque. Aos 23, Messi deitou e rolou pela direita antes de Villa receber na entrada da área e acertar belo chute colocado no ângulo de Van der Sar: 3 a 1.
Surpreendido pelo crescimento do rival, o técnico Alex Ferguson mudou o Manchester e colocou Nani e Scholes nas vagas do brasileiro Fábio e de Carrick. Mas as mudanças praticamente não surtiram efeito.
O Barcelona, por sua vez, administrou o resultado com tranquilidade e ainda contou com a entrada de Puyol, que retomou a braçadeira de capitão para poder levantar o troféu mais cobiçado do futebol europeu.
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