O Brasil 1 larga nesta sexta-feira, dia 2, para seu último grande desafio na Regata Volta ao Mundo. A partir das 13h30, no horário de Brasília, os competidores partem para a oitava perna da competição rumo a Roterdã, na Holanda.
O percurso, se fosse feito da forma mais curta, teria 180 milhas náuticas e menos de um dia de duração. A organização, porém, estabeleceu que os veleiros devem dar a volta na ilha da Grã-Bretanha antes de se dirigir para a Holanda. Com isso, as 180 milhas se multiplicam e os velejadores enfrentarão cerca de 1.500, mais ou menos 2.700 km.
"A organização fala em cinco dias, mas estou me preparando para uma semana. Na travessia do Atlântico, esperávamos uma semana e terminamos com 11 dias no mar. Essa expectativa não é legal, então é sempre bom esperar o cenário mais longo", diz o comandante Torben Grael.
Segundo o navegador holandês Marcel van Triest, o começo da perna terá menos vento, pelo menos no primeiro dia.
"Essa é a previsão do tempo que temos até agora. Mas não confio muito em previsões, principalmente por esses lados", brinca o comandante, lembrando do clima do sul inglês, cheio de mudanças repentinas de tempo.
Com isso, os concorrentes devem velejar mais próximos à costa do que em etapas anteriores.
"Devemos aproveitar mais as correntes e isso deve ser determinante para o resultado da perna. Mas essa costa também tem muitas pedras e bancos de areia e teremos de velejar com atenção redobrada", diz Torben.
O frio, grande inimigo dos brasileiros até agora, continuará a atacar.
"Se já estava frio na travessia, agora será ainda pior, já que vamos para latitudes ainda mais altas", lembra Horacio Carabelli, coordenador técnico do Brasil 1.
O Brasil 1 ainda tem chance de chegar ao segundo lugar, posição ocupada atualmente pelo barco americano, mas a tripulação sabe que é uma tarefa complicada.
"Acho que, agora, temos que lutar para ficar na frente do Holanda 2, que está mais perto. Sete pontos e meio em duas pernas e uma regata local é muita coisa", afirma o bicampeão olímpico Marcelo Ferreira.
Já o time holandês não está tão confiante assim. Mesmo apenas 3,5 pontos atrás dos brasileiros, o francês Seb Josse, comandante do Holanda 2, não acredita em uma virada.
"Temos chances, mas é difícil. É sempre bom lembrar, o Torben tem cinco medalhas olímpicas", lembra o francês.
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