Barrichello e Piquet têm futuro incerto na F-1. Bruno Senna pode ser a novidade

O piloto brasileiro Rubens Barrichello pode ter se despedido da Fórmula 1 no Grande Prêmio do Brasil. Seu futuro é incerto e ele não tem nenhuma garantia ou convite para trabalhar em uma das equipes que disputam o principal torneio de automobilismo do mundo.

Outros dois pilotos brasileiros tem futuro incerto com relação à Fórmula 1. Nelsinho Piquet, que fez sua estréia na temporada, ainda não tem garantias de permanência. Bruno Senna, sobrinho de Ayrton Senna, por outro lado, tenta sua entrada na categoria no ano que vem.

Barrichello

No GP da África do Sul, em 1993, Rubens Barrichello não poderia imaginar que na temporada seguinte seria a esperança e a realidade brasileira na Fórmula 1.

Afinal, o Brasil tinha Ayrton Senna, tricampeão mundial. A curva Tamburello, no circuito de Ímola, na Itália, tirou a vida de Senna e alçou Rubinho, aos 22 anos, ao posto de principal piloto brasileiro na categoria.

De lá para cá, se passaram 14 anos e Barrichello se transformou no recordista absoluto Gps disputados na história da F-1. No GP Brasil, Barrichello atingiu a marca de 270 GP´s. Na atual temporada, ele pôde comemorar um pódio, depois de três anos.

Se faltou o título mundial na carreira, sobrou regularidade. Equilíbrio que ajudou a Michael Schumacher a conquistar cinco dos sete títulos mundiais com a Ferrari.

Apesar das nove vitórias na carreira e as 13 pole-position, Rubinho pode se despedir em 2008 da F-1. Vontade não falta ao brasileiro em seguir nas pistas, porém, a Honda, atual time de Barrichello, já mostrou interesse em apostar num piloto mais jovem na próxima temporada. Na corrida contra a aposentadoria forçada, o brasileiro procura um patrocinador capaz de bancar a sua permanência na mais importante categoria do automobilismo. Além da Honda, Rubinho conversa com a STR, equipe de nível médio, que estaria interessada na contratação do experiente ex-ferrarista.

Bruno Senna e Nelsinho Piquet

Curiosamente, Bruno Senna, sobrinho de Ayrton, é dos cotados a ficar com a vaga. Bruno fez uma boa temporada da F-3 e o nome que agrada os japoneses da Honda, fãs de Ayrton Senna.

Nelson Ângelo Piquet, assim como Barrichello, não sabe se estará ou não na temporada 2009. A temporada irregular do brasileiro, filho do tricampeão mundial Nelson Piquet, deixou a Renault em dúvida quanto à continuidade do piloto na F-1. A escuderia francesa manifestou o desejo de contar com um "piloto da casa". À sombra do bicampeão mundial Fernando Alonso, Nelsinho subiu ao pódio uma única vez na temporada de estréia (2º lugar no GP da Alemanha). Com o desempenho questionado pelo chefe da equipe Flávio Briatori, Piquet tem lugar ameaçado por outro brasileiro, Lucas Di Grassi, piloto de testes da Renault.