São Paulo – Tudo bem que Rubens Barrichello está sendo importante na reestruturação da Honda para que a equipe se torne um time vencedor em 2007. Afinal, Rubinho aprendeu muito na Ferrari no período de maior sucesso da história da escuderia, de 2000 a 2005. Mas é inegável, também, que os japoneses esperavam bem mais dele na primeira temporada na nova equipe. Ao longo das 18 etapas do campeonato os números são representativos para se compreender melhor o fraco desempenho do brasileiro: marcou 30 pontos enquanto seu companheiro, Jenson Button, fez 56.

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A sobrevivência de Rubinho na F-1 está relacionada ao que ele fará no próximo Mundial. Com um carro concebido mais ao seu estilo, terá, necessariamente, de produzir bem mais, no mínimo estar à altura de Button. Seu contrato com a Honda é de 3 anos. Ao final do segundo, 2007, a opção de renovar ou não para 2008 é dos japoneses. Outra temporada ruim e, com certeza, seu compromisso não será continuado. Se isso acontecer, as possibilidades de correr por outra equipe praticamente deixam de existir, já que no fim de 2007 estará com 35 anos e, pior, ainda mais desacreditado.

Em nenhum momento Rubinho atribuiu a uma eventual diferença de tratamento entre ele e Button à falta de melhores resultados, como era comum na Ferrari com Michael Schumacher. Agora, não chegou uma única vez ao pódio, ao passo que Button foi 3.º na Malásia, venceu na Hungria e obteve 3.º lugar no Brasil. Não são poucos na Fórmula 1 que já vêem o brasileiro na curva descendente na carreira.

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"Vou responder na pista. Tenho boas razões para acreditar que a Honda fará um bom carro ano que vem. Estou estimulado. Com o novo carro e mais habituado à equipe, será possível disputar as vitórias."

Aposentadoria provisória

Aposentado da F-1, Michael Schumacher não descarta a possibilidade de voltar a correr como fez Niki Lauda, quando parou em 1979 e voltou em 1981, e Mika Hakkinen, que saiu em 2001 e voltou no ano passado.

"No caso do retorno de Niki Lauda à Fórmula 1 e da chegada de Mika Hakkinen ao campeonato DTM, ambos tomaram sua decisão depois de um certo tempo. Assim, não posso afirmar 100% que seja uma decisão que não tomarei dentro de dois ou três anos", disse o alemão que pode ganhar um filme sobre sua carreira.

O empresário de Schumi, Willi Weber, reconheceu ontem "que há pessoas interessadas em fazer um filme sobre a vida do piloto".

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