Gazeta do Povo -- E como vender melhor os atletas?
Aquilino Romani, presidente do Paraná -- Na história do Paraná temos aí dez nomes de meninos que saíram do clube e que realmente vendemos mal. Mas quando pegamos o clube se trocava atleta por alimentação, era contrato isso. Então é dificil. Além do mais, um atleta é muito mais valorizado se joga no eixo Rio/SP. Mas pode ter certeza que vamos mudar. Claro que com a corda no pescoço é mais difícil. Isso é um dos pontos chaves na profissionalização. Mas muito mais importante é fazer o atleta. Ter material para negócio é mais importante. Pois o atleta continua te dando receita. Temos, por exemplo, o exemplo do Wellington Baroni. Ele nem chegou ao profissional e vai render 250 mil euros ao clube em 2011. São os direitos de formação. O problema é que passamos esses últimos dois anos sem revelar praticamente ninguém.
Falando em categorias de base, o acordo com a BASE, a parceira do clube, surtiu o efeito esperado?
Nós tínhamos uma estrutura muito ruim no Boqueirão. Tínhamos a área abandonada em Quatro Barras. E tínhamos dois paranistas dispostos a investir. O pessoal questiona, mas tem de ver que daqui nove anos é tudo do Paraná. É um investimento que era necessário. Hoje temos bons profissionais lá, e pode ter certeza que vamos ter bons valores no Campeonato Paranaense.
Essa é a grande aposta para o elenco de 2011?
É. Mas temos também um treinador que toda imprensa e torcida gosta e que tem bom trânsito com Cruzeiro, Santos e outros times. E esses times têm vários atletas e vão liberar alguns para o Paraná. Estamos trabalhando com jogadores a custo quase zero e temos de fazer a mescla de garotos com bons atletas. Vamos fazer um time mais barato, mas não menos competitivo.
Por que o Kelvin não foi alçado antes ao profissional?
Há dois anos sabemos que o Kelvin é craque. Mas todos sabem dos problemas da Lei Pelé, que é muito maléfica aos clubes. Então seguramos o Kelvin para fazer um contrato mais longo com ele. E o que aconteceu foi um erro, pois passaram por cima de mim e trouxeram o menino antes da hora. Temos interesse que o Kelvin fique bastante tempo no Paraná, mas se o mercado pagar o que nos achamos justo, negociamos. Não existe jogador inegociável.
Qual é o valor justo?
Não sei. Existe tudo que é tipo de proposta, mas não vou falar em números. Mas não tivemos nenhuma proposta oficial. E o futebol tem muita picaretagem, então quando me ligam digo para trazer proposta oficial. Tivemos proposta de 12 milhões de euros, mas não é oficial. Estamos trabalhando em varias possibilidades. Pode ser que vendamos uma parte dele para outro clube para valorizá-lo. Tudo é possível.
Pelo senhor o Kelvin não teria jogado a Série B?
Eu queria fazer um contrato longo, o que gerou toda essa polemica. Depois acabamos fazendo o contrato, mas não como queríamos. O dele é de um ano e meio, mas podíamos conseguir mais um ano. Foi uma falta de comunicação.
E 12 milhões de euros é irrecusável se fosse oficial?
Não sei, é uma coisa que temos de discutir.
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