Yanina Wickmayer e Xavier Malisse estão apelando a autoridades europeias contra a legitimidade da chamada "regra do paradeiro", segundo a qual os atletas são obrigados a informar onde estarão durante uma hora de cada dia nos próximos três meses para efeito de controle antidoping. Os dois tenistas foram suspensos por um ano por não cumprirem a regra.
Juntos, os dois contrataram Jean-Louis Dupont, que foi advogado do jogador de futebol Marc Bosman, e já estão recorrendo à Comissão Europeia, em Bruxelas, e à Corte Europeia de Direitos Humanos, em Estrasburgo, na França. Uma vitória dos tenistas pode forçar a Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês).
"A luta contra o doping não é a questão aqui. O problema é a falta de proporcionalidade em certas medidas. Ninguém os está acusando de doping e mesmo assim suas carreiras estão ameaçadas", disse Dupont à agência de notícias Associated Press.
Os dois atletas também já apelam de suas punições à Corte Arbitral do Esporte (CAS).
Wickmayer, de 20 anos e semifinalista do US Open, em setembro deste ano, foi suspensa por deixar de avisar três vezes onde ela poderia ser encontrada por fiscais antidoping. Malisse, que tem 29 anos, faltou a um teste e deixou de informar seu paradeiro em duas ocasiões.
Entenda a regra e a polêmica
A chamada "regra do paradeiro" exige que cada atleta se disponibilize todos os dias durante uma hora para testes fora de competição. Pelo regulamento, cada esportista deve informar com três meses de antecedência onde e quando estará durante aqueles 60 minutos. Assim, podem ser localizados pelos fiscais da Wada.
As informações ficam registradas na internet e podem ser atualizadas por e-mail ou mensagem de texto via celular. Se um atleta deixa de comparecer ou estar presente a três exames fora de competição, fica sujeito a punições.
Muitos atletas alegam que o sistema imposto pela Wada viola sua privacidade, enquanto a entidade máxima do antidoping se defende, dizendo que a luta contra o uso de substâncias proibidas beneficia todos atletas.
A Wada explica que é necessário testar os atletas fora de competição porque muitas substâncias proibidas já não são detectáveis durante os eventos esportivos.
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