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Entrevista com Thomaz Bellucci, tenista número 36 do mundo

Depois de uma surpreendente temporada, marcada por um salto no ranking mundial e pelo primeiro título de um torneio da ATP, o tenista Thomaz Bellucci, de 21 anos, pretende ir além em 2010. O número 1 do Brasil quer aprimorar a forma física para se manter entre os melhores do mundo e continuar sonhando com o top 10. Pa­­ra tanto, teve apenas duas semanas de férias e já iniciou sua preparação para 2010.

Você começou o ano como o número 87 do mundo. Chegou a cair para 143.º e agora é o 36.º, o que um brasileiro não conseguia desde 2004, com Gustavo Kuer­­ten. Como se sente neste final desta temporada?Estou satisfeito, me sentindo realmente entre os 50 melhores. Evo­­luí em muitos aspectos, na parte física e na mental. No ano passado, cheguei a ficar entre os 100, mas não pertencia a esse ran­­king. Ain­­da estava procurando o meu jogo, conhecendo meus pontos fracos. Fui muito irregular, principalmente em quadra rápida.

Neste ano você deu menos atenção aos torneios challenger e se concentrou em competições maiores, como a série do Masters 1.000. Essa mudança foi planejada antes da temporada?

Mais ou menos. Neste ano tive que jogar alguns challengers para recuperar o meu ranking, que teve uma queda [chegou a cair para 143.º lugar]. Mas o foco é sempre par­­ticipar das competições maiores, para enfrentar os melhores tenistas.

E como foi enfrentar os melhores jogadores do mundo?

É sempre difícil. Eles precisam ganhar muitos jogos para se manterem com um bom ranking. Mas neste ano consegui ser mais constante dentro de quadra. Joguei pau a pau contra o 15.º, 20.º do ranking. E ano que vem vai ser melhor ainda, os confrontos serão ainda mais equilibrados.

Quais foram os jogos mais difíceis deste ano? E o mais marcante?

Praticamente todos foram difíceis. E daqui para a frente será assim, porque pretendo continuar a jogar os torneios maiores. Não vai ter jo­­go fácil. É difícil dizer qual foi o jogo mais marcante. Acho que foi contra o Stanislas Wawrinka, o Gil­­les Simon, o Gael Monfils, o Fer­­nan­­do González. A decisão em Gstaad [contra o alemão Andreas Beck] foi complicada, por causa da parte emocional, por sermos jogadores novos, e por ser uma final de ATP.

Você surpreendeu nesta temporada com uma boa atuação em piso rápido. Houve algum treino específico para esse tipo de piso?

Não. Mas o João (o técnico João Zwetsch) me ajudou bastante, tanto no aspecto tático quanto no técnico. Graças a ele, estou conseguindo manter uma boa regularidade em todos os pisos.

O que esperar para 2010?

Ainda não pensei em uma meta. Mas quero manter o mesmo nível e a regularidade deste ano. Mas é difícil falar de pontuação, porque as regras da pontuação mudaram.

Você sonha em entrar na lista dos 10 melhores do ranking?

Por enquanto, é só um sonho. Não estou preparado ainda. Mas, com o passar do tempo, a gente vai vendo onde dá para chegar.

O que precisa melhorar para seguir subindo no ranking?

Quero melhorar no aspecto geral, mas estou focando principalmente na parte física. Isso é muito importante hoje. Minha prioridade para a próxima temporada é melhorar o condicionamento físico.

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