Bem disposto e eficiente, Paraná vence o Brasiliense fora de casa

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Com garra e determinação, o Paraná Clube venceu o Brasiliense por 1 a 0 nesta terça-feira (29), em Taguatinga (DF), e reencontrou o caminho das vitórias na Série B do Brasileirão. Após a vergonhosa goleada sofrida diante do Figueirense na rodada passada, o time jogou fechadinho na marcação e somou os três pontos graças ao gol de João Paulo, aos 10 minutos do 2º tempo.

O Tricolor venceu nesta terça-feira, pois jogou melhor que o adversário. A afirmação parece óbvia, mas o resultado foi construído graças ao empenho de todos os jogadores em campo. Obedientes na marcação, eles construíram o placar após cansar o adversário impondo uma forte marcação e aproveitando uma das chances criadas.

Rafinha, um dos destaques em campo, analisou o placar. "A equipe esta de parabéns. Jogamos com uma marcação forte e não deixamos o Brasiliense se impor. Sabíamos que os contra-ataques poderiam decidir o jogo. Corremos e lutamos. Graças a Deus fomos coroados com a vitória".

Quem comemorou ainda mais a vitória foi a torcida Fúria Independente, maior organizada do Tricolor. Nesta terça-feira ela comemorou mais um aniversário (o 16º).

Com o resultado o Paraná chegou aos 35 pontos, na 11ª posição, ultrapassando justamente o Brasiliense (que fica em 12º, com 34 pontos) na tabela de classificação. Na próxima rodada o tricolor volta para casa e encara a Portuguesa, na sexta-feira (2), a partir das 21h, na Vila Capanema. O Jacaré encara o Duque de Caxias, fora de casa, no sábado (3).

O jogo

O clima de tensão no início da partida era evidente para os jogadores paranistas. Depois da expressiva goleada sofrida diante do Figueirense em plena Vila Capanema, na rodada passada, o Paraná foi a campo precisando da vitória não só para apagar a péssima impressão, mas também para manter o time longe da zona do rebaixamento e manter acesa a pequena chama de esperança da volta à primeira divisão.

Modificado em relação ao jogo anterior – Gabriel, Luiz Henrique Camargo e Wellington Silva estão suspensos – o time foi a campo mais defensivo, com três zagueiros. A idéia era não tomar gol, para depois procurar melhor sorte na partida. E foi exatamente isso que aconteceu nos primeiros 45 minutos de jogo. Apesar de tenso, o Tricolor se manteve firme, desarmando as jogadas do Brasiliense no nascedouro do lance.

Aos poucos o Paraná foi crescendo no jogo, sem se descuidar dos perigos do adversário. "Nosso propósito era jogar fechado mesmo, afinal o campo é grande. Eles são bons de bola parada e vamos tentar surpreender no contra-ataque. Só que quando fizermos um contra-ataque, temos que fazer os gols né", disse o zagueiro Luiz Henrique, que após longe período afastado por lesão, voltou ao time nesta terça-feira.

O Tricolor passou a chegar ao ataque com mais frequência. Uma vez com Adriano, que chutou com muito perigo, pela direita, rente a trave do goleiro Guto, e outra com Davi, já nos minutos finais. Nesse lance não houve arremate, mas o meia paranista recebeu sozinho e fez o corte no zagueiro. Na hora do chute, ele se atrapalhou e bateu em cima do marcador.

O jogador lamentou a chance perdida. "Não percebi a distância do gol, nem o Adriano livre. Infelizmente perdemos boa chance". "O time está muito bem. Tivemos uma grande oportunidade de fazer, mas não aproveitamos. Temos que ser mais efetivos. Não temos que driblar ou tocar para trás. Tem que bater no gol mesmo", reclamou Adoniram.

Paraná domina no segundo tempo

Não deu para reclamar de falta de disposição no Paraná. Para a segunda etapa, os jogadores voltaram com o mesmo gás e fôlego de quem havia começado a partida no primeiro tempo.

Aos poucos o Tricolor partiu para cima, principalmente nos contra-ataques. Aos 10 minutos, após boa jogada pela direita, Davi tocou para João Paulo na entrada da área. Ele dominou e bateu forte, com categoria, no canto direito baixo do goleiro Guto, abrindo o marcador para o Paraná.

As jogadas passaram a fluir ainda mais para os visitantes. O Brasiliense, em certo momento da segunda etapa, parecia acuado. A torcida percebeu e no grito tentou tirar o time de trás. Em vão. As mudanças do técnico Reinaldo Gueldini causaram pouco efeito, enquanto as de Roberto Cavalo pareciam deixar o time paranista com ainda mais vontade de vencer.

No Paraná alguns jogadores se sobressaíram. Davi, João Paulo e Rafinha comandaram o meio de campo do Tricolor, sendo que o último teve duas chances de ampliar. Na primeira pegou uma bola "na veia", de frente para o gol, acertando a trave direita do goleiro Guto. A segunda, já nos minutos finais, com a vitória quase garantida, ele fez o que quis com os marcadores do Jacaré. Driblou três jogadores, várias vezes cada um, e chutou. Guto apareceu para evitar um gol de placa do meia paranista.