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Considerado um exemplo de líder vitorioso no esporte brasileiro, o técnico da seleção brasileira masculina de vôlei, Bernardinho, lamenta as luzes concentradas nele após a sexta conquista do Brasil na Liga Mundial. O técnico não se incomoda em analisar criticamente a gestão do presidente Lula e elevar Kaká ao posto de melhor jogador brasileiro no futebol, acima de Ronaldinho0.

Conhecido por exigir esforço máximo de seus comandados e por nunca estar totalmente satisfeito com os resultados positivos, o treinador afirma que o Governo federal é mal conduzido.

- É um projeto um pouco sem rumo. É um time mal liderado. Não sei se é um time. Faço um paralelo do país com o voleibol: nós até hoje não nos vimos como um verdadeiro time. Cada um quer ser apenas o melhor jogador, se beneficiar de um prêmio individual, quando o prêmio tem que ser coletivo. Aqui na seleção não existem mais prêmios individuais. Quando alguém é premiado como melhor levantador, divide o prêmio com os outros jogadores: 50% do prêmio permanece com ele, 50% vai para os outros 11 jogadores, que viabilizaram a ele aquela atuação - diz Bernardinho em entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo".

Casado há sete anos com Fernanda Venturini, com quem teve Júlia, de quatro anos, e pai do levantador Bruno, a quem dirigiu pela primeira vez neste ano, Bernardo Rezende assume que está decepcionado com a atuação de Lula e admite que o voto nas eleições de outubro deve ir para o principal concorrente do líder do PT, Geraldo Alckmin. Apesar das críticas ao atual presidente da República, o comandante da seleção masculina de vôlei revela que tem admiração pela trajetória do ocupante do Palácio do Planalto.

- Admiro a trajetória dele, de onde veio e aonde conseguiu chegar, uma coisa admirável. Não esperava mais do que conhecimento dele de algumas matérias, mas esperava mais talvez no que diz respeito à formação de equipe. Ao ser questionado sobre o que faria caso assumisse a presidência da República, Bernardinho é enfático.

- Traria pessoas com experiência e conhecimento para atuar nas diversas áreas. Tem que acabar com as vinculações políticas. Isso leva à ineficiência. Não há meritocracia. Há troca de favores e acordos - explica.

E se o assunto é futebol, o técnico não foge de opinar e afirma que Kaká é o melhor jogador brasileiro.

- Além do talento, que não é igual ao do Ronaldinho, ele sintetiza a questão do líder, do exemplo. Não que o Ronaldinho dê mau exemplo, mas seu brilho é um pouco mais individual. De longe é difícil falar, mas a impressão é que o Kaká tem um pouco mais de capacidade de liderança, o que para formar equipes é muito importante - conclui.

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