Mal comemorou o terceiro título mundial, a seleção brasileira de vôlei já tem as estratégias traçadas para temporada de 2011. A prioridade é a classificação para a Copa do Mundo em que, além do tricampeonato, o Brasil pode garantir com antecipação a vaga à Olimpíada de 2012, em Londres. Para tanto, a equipe vai sacrificar a disputa do Pan-Americano, em outubro, no México.
Em passagem relâmpago ontem por Curitiba, o técnico Bernardinho afirmou que o Brasil deve jogar com o time B na principal competição das Américas. "Em maio, temos a disputa da Liga Mundial [na busca do decacampeonato]. Caímos em um grupo difícil, com EUA, Polônia e Porto Rico. Depois, temos o Sul-Americano, que vale vaga para a Copa do Mundo, disputada de quatro em quatro anos. Como a Copa está em data muito próxima ao Pan, vamos optar pelo time B, uma equipe que já estamos trabalhando paralelamente ao grupo principal, visando ao ciclo olímpico do Rio-2016", fala o treinador.
Até a volta dos treinos com a seleção, Bernardinho segue com a agenda cheia. Em Curitiba, ministrou a palestra Superando Desafios em Busca da Excelência, com renda destinada à manutenção do Instituto Compartilhar, do qual é fundador e diretor-presidente e que oferece a formação social pelo esporte a 5,8 mil crianças. Hoje, está de volta ao Rio de Janeiro, focado nos últimos preparativos para a estreia do Unilever (ex-Rexona/Ades), time feminino que comanda desde 2004, na Superliga, em 6 de novembro. Sem esquecer os compromissos com a seleção.
"Sigo na pesquisa de possíveis nomes para compor o grupo. A base já está formada, mas poderemos contar com reforços, como a volta do Escadinha [recuperando-se de lesão]", diz. Entre os que seguem com o grupo principal aos Jogos de Londres, Bernardinho cita os paranaenses Marlon e Giba.
Sobre a Superliga, destacou a volta do Paraná à principal competição nacional do vôlei. "A entrada do Londrina/Sercomtel [no masculino] é muito importante para o estado voltar ao cenário de alto rendimento. Vem com uma equipe competitiva. Tomara que sirva de estímulo para o Paraná voltar a ter uma equipe no feminino."
Desde que o Unilever trocou Curitiba pelo Rio de Janeiro, em 2004, o estado ficou órfão de um representante nas competições nacionais. Ainda assim, talentos paranaenses têm se destacado. Casos de Marlon, Ricardinho (repatriado para a Surpeliga, pelo Vôlei Futuro, de Araçatuba-SP) e Giba, tricampeão do mundo, além do auxiliar técnico de Bernardinho, Rubinho, e o técnico das seleções brasileiras juvenil e infanto-juvenil, Percy Onken.
Se há explicação para o abandono que o Paraná sofreu nos últimos anos? "A mesma pergunta poderia ser feita ao Rio de Janeiro, um grande centro do vôlei e que hoje só tem a equipe feminina. As competições de base do Paraná estão entre as melhores do Brasil. Acho precipitado o que está acontecendo: atletas deixando o estado antes de chegar ao juvenil para jogar", afirma o treinador.
Enquanto os jogadores costumam ressaltar que o sucesso de dez anos de títulos é resultado da união do grupo, Bernardinho valoriza o trabalho com as seleções de base. "Em Saquarema [RJ], temos relação direta com a base, um trabalho bem alinhado para promover novos talentos para o futuro", conclui.
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