Um mês depois de a seleção masculina do Brasil conquistar o tricampeonato mundial de vôlei, o técnico Bernardinho resolveu esclarecer, nesta terça-feira, o episódio polêmico que pontuou a classificação brasileira para a terceira fase da competição, disputada na Itália.
Na ocasião, após uma derrota de 3 sets a 0 para a Bulgária, os brasileiros foram vaiados pelos torcedores italianos, revoltados com o fato que consideraram uma "marmelada", já que o revés deixou o time comandado por Bernardinho em uma chave considerada mais fácil no estágio seguinte do Mundial.
Em entrevista ao canal ESPN Brasil, o técnico negou que a seleção brasileira entregou a partida, mas admitiu que houve uma votação, na noite anterior ao duelo, para decidir se a equipe entraria com força máxima. Bernardinho afirmou que era a favor de escalar o melhor time possível, mas acabou sendo voto vencido e optou por acatar a vontade da maioria dos atletas.
"Os jogadores estavam preocupados com a condição física, principalmente o Bruno, que estava sem nenhum tipo de suplente, já que o Marlon (levantador reserva) não estava em condições ainda, e tinha o Murilo, com a questão da panturrilha, e o próprio Lucão", disse Bernardinho, citando jogadores que estavam fora das condições físicas ideais e foram poupados do confronto diante dos búlgaros.
Em seguida, Bernardinho assegurou que em nenhum momento foi colocado em discussão, na reunião, a possibilidade de entregar a partida aos adversários. Ao mesmo tempo, porém, o treinador admitiu que "o time entrou de forma apática em quadra". A apatia se deveu em muito ao regulamento confuso da competição, já que uma vitória faria o Brasil encarar um grupo teoricamente mais complicado na fase seguinte do Mundial.
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