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Mesmo afastado dos gramados por 30 dias, por causa de uma fissura na costela, o volante Beto não perde o status de capitão do Paraná fora de campo. Um exemplo dessa liderança foi percebido ontem à noite, quando foi realizado um jantar de confraternização entre atletas, comissão técnica e familiares organizador por ele. Os últimos detalhes do evento foram acertados ainda à tarde, quando o jogador aproveitou que ia ao departamento médico do clube, na Vila, para conversar com os atletas que chegavam para o treino.

Outra demonstração vai ocorrer domingo, momentos antes do jogo contra o Vasco, no Pinheirão. Beto vai ao vestiário conversar com os jogadores e puxar a rodinha na boca do túnel, exatamente como se fosse jogar, em um ritual que ele repete cada vez que fica fora de uma partida do Tricolor. A preocupação principal do meio-campista é sempre com os atletas mais jovens, principais alvos de seus recados e conselhos.

"Mesmo de fora ele (Beto) continua exercendo um grande liderança. É impressionante", admira-se o técnico Caio Júnior, que escolheu o zagueiro Émerson para ser o capitão do time enquanto Beto estiver fora. O defensor e o goleiro Flávio são apontados como o treinador como os jogadores com perfil mais próximo ao do camisa 7.

"Liderança é algo natural em alguns jogadores. Vejo no elenco alguns nomes que podem fazer esse papel dentro do campo. O Émerson e o Flávio como mais experientes e outros mais jovens, como Batista, Leonardo e Gustavo", diz Caio.

Entre os jogadores, a responsabilidade de orientar os mais novos e realizar as funções que vinham sendo feitas por Beto não assustam. O experiente Émerson, 31 anos, não vê grandes novidades.

"Nos jogos já converso com todos normalmente e só vou fazer as funções que o Beto fazia como capitão", explica. "Entre os mais jovens, o Gustavo (24 anos) é um que sempre fala e incentiva", revela Émerson.

O mais veterano do grupo, o goleiro Flávio, 35, aponta outro atleta da parte dos menos experiente do time como candidato a líder. "O Leonardo (23) tem uma liderança muito boa entre os mais jovens", diz o Pantera.

Entretanto, o centroavante ainda não quer tanta responsabilidade para si. "Eu ainda falo pouco nos jogos. Deixa para os mais experientes", reconhece.

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