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O atacante Bill, do Coritiba, mostra empatia com o torcedor alviverde. Ele tem 12 gols no ano – 10 deles no Paranaense | Antônio Costa/ Gazeta do Povo
O atacante Bill, do Coritiba, mostra empatia com o torcedor alviverde. Ele tem 12 gols no ano – 10 deles no Paranaense| Foto: Antônio Costa/ Gazeta do Povo

Fala, Coxa-branca!

A Gazeta do Povo ouviu torcedores do Coritiba para retratar o momento de euforia que vive o clube:

"O Coxa em 2011 é só alegria... com viés de alta! Isso é resultado de visão estratégica e profissionalização da gestão."

Zaki Akel Sobrinho, reitor da Universidade Federal do Paraná.

"A campanha é boa e os números mostram isso. O planejamento e a organização fizeram com que o clube tives­se bons resul­tados. A diretoria, a comissão técnica e, claro, a torcida tiveram papel fundamental."

Pachequinho, ex-jogador.

"A harmonia demonstrada pelo time é reflexo do clima que toda a organização está vivendo. O Coritiba e sua torcida estão de parabéns!"

Rodrigo da Rocha Loures, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná.

Empatia é algo que não se explica, simplesmente acontece. No caso de Rosimar Amâncio e da torcida do Coritiba, o sentimento apareceu de uma hora para a outra nesta temporada, apesar de a relação ter iniciado ainda no ano passado e logo depois ter dado um longo tempo por causa de uma contusão grave. Hoje, contra o Atlético, na partida que pode valer o título paranaense, essa sintonia pode saltar de patamar.

Não há um jogo sequer no Couto Pereira em que o centroavante Bill esteja em campo e aquele coro arrepiante não tome conta das arquibancadas. O apelido de infância do jogador de 26 anos é gritado em sequência pelo torcedor até o pulmão aguentar. Pode ser depois de um gol, ou mesmo após um simples carrinho na defesa.

O atleta, que no início do ano mal era lembrado como opção de ataque, se tornou o titular e ganhou a torcida.

"Não tem nem como falar [sobre a torcida]. Aquilo ali deixa a gente todo arrepiado. É gostoso saber que está sendo reconhecido. O carinho é gratificante demais", contou o avante mineiro, cuja alcunha foi dada pelo pai, sem nenhuma explicação plausível,

Alto e forte (1,85 m e 90 kg), Bill se encaixou de maneira precisa como o pivô da equipe, jogando como o único atacante de ofício, à frente de uma linha de três meias. Desde que o então titular Leonardo se machucou no jogo diante do Arapongas (31/1), Bill não perdeu mais o posto.

Começou a ganhar crédito justamente com o gol de empate naquela partida pela quinta rodada do primeiro turno do Para­­na­ense. Até aqui já fez outros onze, um a menos do que Davi, o artilheiro coxa-branca no ano.

Suas características lembram a de outro camisa 9 que tinha a simpatia das arquibancadas. "Quando cheguei, foi para ser titular no lugar do Ariel. Infelizmente machuquei, e o Ariel também foi bem e começou a fazer gols", contou Bill, que assim como o argentino que foi embora brigado com o clube, tem na raça uma de suas maiores virtudes.

"Sempre fui assim. Conversei com o treinador que tinha essa característica [de ajudar no combate] e aqui no Coritiba está dando certo. Estou fazendo gols, que é o mais importante", disse o atacante, considerado o "brincalhão" do elenco.

O bom humor visto no dia a dia no CT da Graciosa é também embalado pelo funk e axé, os ritmos preferidos de Bill – e que normalmente contagiam todo o plantel nas concentrações.

"A gente vive a maior parte do tempo junto dos companheiros, então sempre acaba brincando. Quando a gente tem liberdade acaba brincando com quem gosta", falou o camisa 9, que vive o melhor momento da carreira.

"O Marcelo confia não só em mim, mas no grupo todo. Estamos unidos, de parabéns pelo que estamos fazendo. Vamos buscar o título para torcida ficar mais feliz ainda".

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