A decisão do Atlético de efetuar o cadastro biométrico dos torcedores gerou duas reações nas arquibancadas. Pela medida, a entrada na Arena seria apenas pela digital, dispensando os smart cards. Expectativa de maior segurança para o clube em casos de violência ou vandalismo, por causa da identificação dos infratores. Por outro lado, temor pelo impacto financeiro.
Prática comum no período sem a Arena, o empréstimo (ou até aluguel) dos smart cards para terceiros teria seu fim decretado. "Vai atrapalhar a cessão de smarts aos amigos quando não podemos ir ao estádio, embora aumente a segurança na identificação dos baderneiros", resumiu o torcedor Leonardo Nardin, que mostrou preocupação ainda com o surgimento de filas em caso de mau funcionamento do sistema.
Outro ponto apontado pelos rubro-negros é a perda de receita do Furacão. "Tenho uma cadeira que não preciso e sempre empresto para um amigo ou cliente. Se puder apenas usar a biometria, vou cancelar", afirmou André Guezen. O repasse do cartão também era visto como alternativa por quem não tem condições de pagar a mensalidade. Nesses casos, alugavam o smart card de amigos. "É importante [o cadastramento], mas o clube precisa rever o valor do ingresso avulso. Alugar o smart dos sócios era a saída para quem não pode pagar R$ 150", comentou o atleticano Nicholas Djubatie.
A coleta das impressões digitais vai começar pelo setor Fan, onde fica a torcida organizada Os Fanáticos. O clube pretende cadastrar todos os sócios do setor até o início do Paranaense. Mas é preciso continuar portando os smarts cards até que o novo sistema esteja ajustado. Não há prazo para a realização do processo em outros setores.
A reportagem procurou o Atlético para comentar o tema, mas teve sua solicitação de entrevista negada.
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