O presidente da Fifa, Joseph Blatter, adotou uma postura mais agressiva nesta sexta-feira (13), às vésperas da eleição da entidade, no dia 1.º de junho. Questionado por conta das denúncias de corrupção envolvendo membros do seu comitê executivo, o dirigente afirmou que a Fifa "não sobreviverá" se ele não for reeleito para o cargo que ocupa desde 1998.
"A eleição de 1.º de junho poderá levar a uma mudança sísmica, com danos irreversíveis. Simplificando, a sobrevivência da Fifa está em risco", declarou Blatter, que terá a concorrência de Mohammed bin Hammam, atual presidente da Federação Asiática de Futebol. "A questão é se a organização do futebol, estabelecida mundialmente, continuará a existir depois desta data ou se desaparecerá em um buraco negro", disse o suíço, de 75 anos.
Apesar desta previsão dramática, Blatter se mostrou confiante em vencer a sua quarta eleição à frente da Fifa. "Vencerei esta eleição com uma folgada maioria de dois terços [dos votantes]. "A América do Sul, Central e do Norte, a Europa, a Oceania e parte significativa da África e da Ásia continuarão a apoiar as minhas ideias. De qualquer jeito, vale a pena destacar qual é a alternativa [à minha candidatura]: nenhuma".
O suíço também se defendeu das críticas de que age de forma pouco democrática no comando da entidade. "A autoridade de tomar decisões pode e deve ser organizada de forma centralizada, como em qualquer entidade global. O futebol funciona porque há um conjunto de leis que são aplicadas em todos os continentes. De outra forma, todos fariam o que bem entendessem", declarou.
Blatter, porém, não fez comentários sobre as denúncias de corrupção que ameaçam a sua reeleição. Membros do comitê executivo da Fifa foram suspensos no ano passado por suspeita de venderem seus votos na eleição que definiu as sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022, em dezembro do ano passado.
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