Que moleza! O Atlético passou por cima do Cascavel do primeiro ao último minuto do jogo de ontem, na Arena. Amplamente superior tecnicamente e fisicamente, se deu ao luxo até de tirar o pé do acelerador em alguns momentos da tranquila goleada por 5 a 0.
Se a dificuldade nos jogos anteriores vinha sendo fazer o primeiro gol, ontem ele saiu logo aos 20 segundos. Graças à pressão na saída de bola adversária. Bruno Mineiro foi para cima do zagueiro Rodrigo e desviou o recuo de bola. O goleiro Veloso saiu atrapalhado, trombou com o companheiro Tininho e a sobra ficou para Javier Toledo colocar na rede. Foi o primeiro gol do argentino com a camisa rubro-negra. E o primeiro gol da nova camisa, que estreava ontem.
Mais sete minutos e outra roubada de bola. Desta vez do volante Valencia. Ela passou por Toledo e chegou a Bruno Mineiro na meia-lua, de ontem o artilheiro mandou um belo chute de canhota para fazer 2 a 0.
"Há duas opções para fazer a marcação", disse o técnico Leandro Niehues, satisfeito com os lances. "Você pode apertar a saída adversária e, quando não roubar a bola, pelo menos induzir ao erro. Ou, não conseguindo recuperá-la, voltar e fazer a compactação do time."
Com a vantagem, o Atlético optou pela segunda opção. Parecia até relaxado. Mas foi só tocar a bola, envolvendo um adversário entregue, para fazer mais gols. Bruno e Toledo combinaram a jogada que terminou na assistência do gringo para Raul. O lateral contou com mais uma falha de Veloso para fazer 3 a 0, calando as vaias que começava a receber. Ainda no primeiro tempo, Paulo Baier lançou o zagueiro Rhodolfo, que marcou gol de atacante, cortando o adversário antes de bater.
Jogando fácil, o Furacão só não aplicou uma goleada maior no segundo tempo porque não apertou mais. Bruno Mineiro ainda deixaria deixou mais um, de cabeça, aproveitando outra assistência de Toledo. Foi o 11º gol do agora disparado goleador do campeonato.
"Já contávamos mais ou menos com uma derrota, não do jeito que foi, é claro", admitiu o goleiro cascavelense, dando bem a dimensão da falta de ambição da equipe.
A diferença fica clara na afirmação de Paulo Baier: "Quando a gente está bem, feliz e com confiança, dá tudo certo." Com 13 gols nos três jogos disputados na Arena em uma semana, a confiança só pode aumentar para o duelo de quinta-feira, 21 horas, com o Sampaio Correia, pela Copa do Brasil, novamente na Baixada.
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