O governo brasileiro definiu nesta terça-feira as condições que serão oferecidas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o financiamento de reformas e construções de arenas privadas para a Copa do Mundo de 2014.
A linha de crédito do banco de fomento terá um teto de até 400 milhões de reais por estádio, limitados a 75 por cento do valor total do projeto, informou a instituição em nota.
Os financiamentos terão três anos de carência e até 12 anos de prazo de amortização. O BNDES informou que os empréstimos serão analisados caso a caso para verificar a "viabilidade econômica" dos projetos.
Três estádios privados receberão jogos em 2014: o Morumbi, em São Paulo, a Arena da Baixada, em Curitiba, e o Beira Rio, em Porto Alegre.
Entre os fatores a serem analisados pelo banco estão ações de urbanização na região dos estádios e o estímulo ao uso de tecnologias sustentáveis na construção e operação das arenas. O banco já tem um programa de 4,8 bilhões de reais para modernização e construção de estádios e arenas esportivas para a Copa.
Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo serão as cidades-sede do torneio no Brasil. Mas nenhum dos 12 estádios propostos pelo Brasil para receber os jogos do Mundial está hoje de acordo com os padrões exigidos pela Fifa.
O Maracanã, provável palco da final, será fechado a partir de 2010 para obras de modernização, enquanto a maioria dos outros estádios terá que ser reconstruída para se adequar às exigências de uma Copa do Mundo. Pelo menos duas arenas serão construídas do zero, em Recife e Natal.
A liberação de dinheiro público para as obras dos estádios contraria uma promessa feita pelos organizadores da Copa quando o Brasil conquistou o direito de realizar o Mundial como concorrente único da América do Sul. A intenção inicial era que a iniciativa privada arcasse com as obras das arenas, deixando com o governo a responsabilidade pelas obras de infraestrutura.
O BNDES já havia anunciado anteriormente um crédito de 5 bilhões de reais para a infraestrutura de transporte visando o Mundial, especialmente para a reforma e ampliação dos aeroportos das cidades-sede das partidas.
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