O Ministro do Turismo, Luiz Barreto, disse nesta terça-feira que espera anunciar até o fim do ano uma linha de financiamento em parceria com o BNDES para estimular a construção, ampliação e modernização da rede hoteleira do país visando a Copa do Mundo de 2014.
Segundo Barreto, a linha do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social deve ter um orçamento de 250 milhões de reais, mas pode ser ampliada dependendo da demanda.
"A rede hoteleira é privada, mas o Governo Federal pode dar estímulo de crédito. Queremos um programa com juro barato e um prazo mais longo para amortizar. Podem ser criados fundos garantidores para facilitar o acesso a esse crédito," disse a jornalistas Barreto, após participar de um evento promovido pela Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro.
O ministro informou que duas reuniões sobre o tema já foram realizadas com técnicos do banco e do ministério, e que até o fim do ano o programa de crédito do BNDES para o setor hoteleiro deve ser anunciado.
Para Barreto, a rede hoteleira das regiões Sul e Sudeste do país precisa ampliar e modernizar suas instalações para a Copa do Mundo, enquanto as redes do Norte, Nordeste e Centro-Oeste necessitam de aumento da oferta de hotéis.
"Estamos pensando numa solução acoplada com a demanda. Não adianta achar que a Copa vai ser a solução de tudo. Hospedagem não vai ser um problema", disse Barreto, acrescentando que navios de cruzeiro também poderão oferecer suas instalações para aumentar a oferta de quartos para o Mundial de 2014.
A Fifa exige que cada uma das 12 cidades que receberão jogos do Mundial tenham ao menos 32 mil quartos de hotel prontos para o Mundial. Atualmente, apenas São Paulo atende à exigência.
Barreto disse também que outras linhas de financiamento para o Mundial podem ser anunciadas pelo governo para estimular construções ligadas ao Mundial, incluindo para a construção de estádios.
"Não tem Copa do Mundo sem hospedagem, aeroporto e arenas esportivas. Acho que devemos pensar nesses três, em relação a estádios também, e sei que o BNDES está pensando na mesma linha.", afirmou.
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