O curling, assim como a bocha, é um esporte para todas as idades. Mas vá convencer os bocheiros de Curitiba que, se o centro do esporte no gelo sair mesmo na cidade, eles conseguirão jogar. Com a grande maioria de jogadores acima dos 50 anos, não é a habilidade ou a adaptação que preocupa, mas sim a oportunidade. "Se fizer, velho não joga. Pois a gurizada não vai deixar. É novidade e novidade a rapaziada não larga", afirma Valdomiro Rocha, 60 anos, que passa quase todas as tardes está na Sociedade Morgenau jogando bocha.
Lá há duas quadras lisas de bocha, que é uma modalidade existente praticamente só em Curitiba, mas que, por isso, exige uma técnica ainda mais apurada. "Para você ter idéia da dificuldade, uma vez, no inverno, quando a quadra fica mais lisa, fiz uma jogada em que a bola demorou 38 segundos até chegar ao bolim", conta seu Linder, o mais velho, com 79 anos.
Ele, como o resto da equipe do Morgenau, não ficou intimidada com as fotos do esporte mostradas pela reportagem. Pelo contrário, já tinham visto o jogo na televisão e acham que se dariam tão bem quanto na bocha. "Nós comentamos por aqui. É quase a mesma coisa, não teria problema nenhum", afirma Amauri Bogochewski, 60 anos.
Contudo, difícil mesmo seria levar o espírito de competitividade às quadras geladas. Entre uma cachacinha e outra as piadas são o tempero das partidas que chegam a durar duas horas. E elas não podiam faltar quando o curling entrou na conversa. "Vou começar a treinar antes mesmo de construírem. Vou entrar na geladeira antes pra ver se me acostumo", brincou Sérgio Marquines. "Mas se eles não forem rápido, não me pegam mais aqui!", concluiu, lembrando os seus 62 anos.
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