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São Paulo – O confronto que vai mostrar qual é, afinal, o "gigante" do Mundial de vôlei. Assim pode ser definido o jogo entre Brasil e Rússia, à 1 h de amanhã.

Conhecida pela versatilidade e pela técnica, a seleção do técnico José Roberto Guimarães tem se destacado pela força. O bloqueio eficiente, que colocou Walewska em primeiro lugar no ranking, é a principal arma da equipe brasileira, aliada aos poderosos ataques de Fabiana pelo meio da rede.

Também é, no entanto, o maior trunfo do time russo. As duas seleções estavam invictas até hoje. O confronto entre elas deve definir apenas a primeira posição do Grupo F.

A Rússia é formada por gigantes. Ekaterina Gamova e Yulia Merkulova, por exemplo, têm 2,02 m e são as mais altas atletas do Mundial. Fazem as meios-de-rede brasileiras, Fabiana, 1,93 m, e Walewska, 1,90 m, até parecerem baixinhas. A média de altura das russas é de 1,91 m, a mais destacada do torneio. O Brasil tem 1,85 m.

"Fisicamente elas, são muito fortes. Conseguem ótimos ataques e têm saque e bloqueio ótimos", diz Zé Roberto. "O saque viagem delas está fazendo estrago nas recepções rivais."

Com jogadoras tão grandes, a Rússia tem deixado de lado a variação dos ataques. Assim que a bola sai da mão da levantadora, quase invariavelmente procura Gamova, Sokolova (1,93 m) ou Godina (1,92 m), os pilares da equipe. Por isso a atenção do bloqueio brasileiro já tem alvo.

"Elas estão usando muito as bolas de segurança até para não terem de arriscar. Nós temos de neutralizá-las ou não deixá-las atacar diretamente. Também temos de jogar pelo meio, o que vai ajudar bastante", disse a levantadora Fofão.

A altura russa, porém, nem sempre é positiva. Eficientes para saltar, elas têm dificuldade na movimentação para recuperar bolas. "O ponto fraco delas é a defesa", disse Zé Roberto.

O treinador brasileiro contou com a ajuda do campeão olímpico nos Jogos de Barcelona em, 1992, Jorge Edson para colher informações sobre a Rússia.

Enquanto o Brasil jogava a primeira fase, o auxiliar técnico fazia as vezes de espião e acompanhava os possíveis adversários do Brasil na etapa seguinte. As atenções estavam voltadas principalmente para as chinesas e russas.

Para o primeiro confronto, as informações foram vitais. As brasileiras analisaram uma a uma as adversárias e venceram a China por 3 sets 2. A partida foi uma revanche pela eliminação do Mundial de 2002, quando o Brasil vivia intensa crise.

Domingo, a equipe de Zé Roberto terá pela frente seu algoz na semifinal da Olimpíada de Atenas 2004, a pior derrota já sofrida por essa geração.

Na TV: Brasil x Rússia, a 1 h (de amanhã), na Globo/ RPC e no Sportv.

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