Um ídolo norte-americano do beisebol sob suspeita de doping. Um recorde alcançado. A prova do feito leiloada. E um final polêmico para a peça.
O roteiro sobre o destino da bola com que Barry Bonds, de 43 anos, bateu o recorde de home runs (o equivalente ao gol no futebol) incluiu a votação pela internet, com mais de 10 milhões de participantes, e a doação do objeto ao Hall da Fama da modalidade, em Cooperstown. Não sem antes uma "maldade" do público que tomou parte da eleição pela rede.
Em 7 de agosto, Bonds chegou aos 756 home runs, superando a marca de 755 de Hank Aaron, que durava 33 anos. A bola foi pega, no estádio, após o lance, por um estudante de Nova Iorque, que decidiu pôr à venda a relíquia. Por US$ 752.467, o estilista Marc Ecko a comprou, num leilão pela internet no último dia 15.
E decidiu criar um site para que os internautas optassem pelo "futuro" do suvenir. A votação ficou no ar até terça-feira. Com 47%, venceu a opção pela doação ao Hall da Fama, mas com ressalva: a bola seria marcada com um asterisco. Segundo Ecko, para atestar o valor histórico, sem esquecer as suspeitas de doping que cercam a carreira de Bonds.
As outras alternativas para a escolha no site eram a simples entrega ao museu, que teve 34% dos votos, e o envio da bola ao espaço, com 19%. Ecko justificou essa hipótese como uma tentativa de se livrar do feito de Bonds, cujo recorde tem a sombra do uso de esteróides.
Ao saber do pleito, Bonds chamou Ecko de "idiota". O estilista se explicou: "[A votação] mostrou que as pessoas vêem esse capítulo do beisebol não tão limpo quanto parece".
O presidente do Hall da Fama, Dale Petroskey, afirmou que irá aceitar a bola. Ele negou que o fato de o museu receber a peça corrobora as suspeitas de trapaça de Bonds. O jogador não comentou. Ecko e representantes do museu discutem, agora, como incluir o asterisco.
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