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Final da Copa do Mundo, 1966. Após empatarem por 2 a 2 no tempo normal, Inglaterra e Alemanha foram à prorrogação. Na etapa inicial do tempo extra, o inglês Geoff Hurst acertou um chute no travessão. A bola quicou no chão e saiu. Após consultar o bandeirinha, o juiz suíço Gotffried Dieust confirmou o gol.

O polêmico lance, determinante na vitória inglesa por 4 a 2 sobre os germânicos, não deve mais se repetir na história do futebol. A partir de hoje, quando começa o Mundial Sub-17 do Peru, a Fifa irá testar um mecanismo eletrônico para detectar se a esférica rompe completamente a linha entre as traves ou não.

Um chip de 15 milímetros – desenvolvido em conjunto pelo instituto alemão Fraunhofer, a Cairos Techologies e a Adidas – será implantado na "bola inteligente", com foi batizada. Por meio de um sinal transmitido por 12 antenas situadas em locais estratégicos, será enviada a mensagem a um computador. Em menos de um segundo, este dará a informação ao juiz (via receptor de pulso).

"Considero este experimento de extrema validade. Faço apenas uma ressalva: qual será o custo disso? Deve ser uma parafernália de valor elevado. O custo-benefício será questionável. Há tantos gols não marcados assim para se investir tanto?", diz José Roberto Wright, ex-árbitro e membro da Comissão de Futebol da Fifa.

"Será o fim de uma controvérsia. A fidelidade desta aparelhagem tem tudo para ser inquestionável. Não vai deixar margem às dúvidas. É uma evolução, mas não creio que, pelo preço, haverá uma rápida popularização", completa ele. Se o experimento for aprovado no evento juvenil, voltará à cena na Copa de 2006, na Alemanha.

A inovação teconologica será usada em todos os jogos do evento, menos nos disputados na cidade de Iquitos, por falta de tempo para a implantação. Garante-se ainda que as ondas de rádios e celulares não interferem na leitura das jogadas questionáveis.

Outro teste em vigor no torneio de seleções, que tem a final marcada para 2 de outubro, será a utilização de grama sintética. Sempre reticente a essa abertura, a entidade que comanda o esporte agora começa a ceder.

"Considero essa possibilidade de ótima valia, em especial nos países que sofrem com a neve e as variações climáticas. Já vi o piso artificial que foi liberado e é idêntico à natural. Não haverá sequer problemas com a adaptação dos atletas", referenda Wright.

Além dos anfitriões do torneio, outras 15 seleções disputam o troféu mais importante da categoria (o Brasil defende o título conquistado em 2003). Às 16h15 (de Brasília), uruguaios e mexicanos abrem essa nova fase do apito. A equipe brasileira estréia amanhã, às 22 horas, contra a Gâmbia.

* Peru x Gana, às 22 horas, no Bandsports, Rede Mulher e Sportv 2.

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