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Lance do confronto entre  Brown Spiders e Barigui Crocodiles, pioneiros do futebol americano no Paraná | Daniel Derevecki/ Gazeta do Povo
Lance do confronto entre Brown Spiders e Barigui Crocodiles, pioneiros do futebol americano no Paraná| Foto: Daniel Derevecki/ Gazeta do Povo

Olímpico, rúgbi prevê crescimento

O rúgbi começa 2010 revisto. A promoção a esporte olímpico indica um novo cenário para a modalidade, capaz de transformar a cultura e o investimento no esporte.

O movimento para o retorno do rúgbi seven (com sete participantes) à Olimpíada cresceu em 1995, quando a Inter­­na­­tional Rugby Board (IRB) passou a fazer parte do Comitê Olím­­pico Internacional (COI).

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2009 foi um marco para a bola oval em Curitiba. Por circunstâncias diferentes, mas paralelamente, dois esportes de origem semelhante conquistaram um desenvolvimento inédito na cidade este ano. Enquanto o futebol americano vestiu-se para alcançar a maturidade, criou competições e aumentou o nú­­mero de participantes, o rúgbi (leia mais nesta página) ga­­nhou status olímpico e a expectativa de um futuro novo. O im­­pulso extracampo que turbinou os esportes pode materializar resultados mais expressivos na próxima temporada para ambos.

No futebol americano, a década começou com o esboço do primeiro time e se encerra com Curitiba como uma referência na modalidade. O recado via internet feito por Rafael Bruzamolin, em 2001, marcando um encontro com quem gostasse do badalado esporte norte-americano era um convite ao pioneirismo.

Daquele primeiro grupo surgiu o Curitiba Brown Spiders (Aranhas Marrons), dois anos depois o Barigui Crocodiles e o começo de uma tradição local. Representada por Aranhas e Crocodilos, a capital foi esse ano a única cidade do país com dois times no primeiro campeonato brasileiro de futebol americano.

A esperada estreia do torneio nacional antecedeu o também primeiro campeonato paranaense da modalidade, com seis equipes inscritas. Um calendário construído com esforço.

"Esse é o resultado da força de vontade dos líderes de equipe envolvidos. Como é um esporte amador, carente de recursos e de patrocínio, foi preciso dedicação de cada um para tirar a competição do papel. Aqui em Curitiba, a gente tem se destacado pela organização", definiu o presidente do Brown Spiders, Rodrigo Proença.

"O grande marco de 2009 foi a organização das equipes em prol de uma competição nacional. Foram organizados torneios pelo país e isso trouxe uma visibilidade maior para o esporte. Em paralelo foi criada a Fede­ração Paranaense de Futebol Ameri­­cano, que precisa apenas regularizar alguns entraves burocráticos", explicou Nilo Tavares, um dos dirigentes da entidade local e também da Associação de Futebol America­­no do Brasil (AFAB).

Os feitos obtidos começaram a se desenhar em 2008, com a disputa do primeiro jogo entre o Brown Spiders e o Crocodiles de­­vidamente paramentados com os mesmos uniformes da NFL, a milionária liga dos Estados Unidos. "Jogar com os equipamentos trouxe outra dimensão em termos de disputa. Passou-se a ter a preocupação com o jogo como um todo, com o público, a transmissão. Deixou de ser uma diversão e passou a ser algo mais sério", avaliou Proença. Outro status e outros custos.

O preço de cada equipamento fica entre R$ 1,2 mil e R$ 1,4 mil. "Cada equipe tem de 50 a 60 jogadores. Dá para se ter uma ideia do investimento (perto de R$ 70 mil). E tudo é feito com o esforço pessoal de cada atleta para comprar", comentou Tavares.

O público gostou da versão leite quente do futebol americano. Os jogos deste ano chegaram a reunir 1.700 espectadores. O Campeonato Estadual contou com transmissão via internet, feita com as imagens de quatro câmeras e até torcida organizada.

A qualidade técnica também melhorou. "Antes aparecia alguém no treino e a gente convidava para participar. Agora, são duas avaliações por ano e temos vários interessados", comparou Proença.

Para 2010, a intenção é am­­pliar o campeonato brasileiro de 8 para 12, ou até 16 equipes, melhorar os campeonatos locais e criar uma disputa entre seleções estaduais. Esta pode até ocorrer em Curitiba no primeiro semestre. Nos planos também está a organização de um amistoso entre a seleção brasileira e um time convidado do exterior.

"Por melhor que tenha sido esse ano, o projeto ainda foi embrionário. Não se tinha certeza de que iria dar certo. A repercussão foi grande, a cobertura da imprensa também e isso ajudará a construirmos um 2010 melhor", planeja Tavares.

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