O Super Bowl, evento que define o campeão da NFL a liga profissional de futebol americano , não escapou de polêmicas. A mais recente recai sobre o New England Patriots, que enfrenta o Seattle Seahawks no domingo, às 21h30, em Glendale, no Arizona, e que foi acusado de usar bolas fora dos padrões estabelecidos por regra durante parte da vitória na semifinal.
A NFL constatou que 11 das 12 bolas usadas pelo ataque dos Patriots no primeiro tempo da vitória por 45 a 7 sobre o Indianapolis Colts, em 18 de janeiro, estavam com menos ar do que os 12,5 psi permitidos. Passou-se então a especular que a alteração teria sido feita ilegalmente para facilitar o manuseio da bola, especialmente por causa do tempo chuvoso no dia da disputa.
Apesar de o quarterback Tom Brady confessar em entrevista coletiva que prefere a bola o mais murcha possível, o New England Patriots nega ter agido de maneira ilícita. Mesmo assim, a NFL deu início a uma investigação sobre o tema.
As acusações foram logo associadas a outro caso, quando o time foi acusado de gravar ilegalmente sinais que o rival New York Jets usava para transmitir jogadas, em 2007. Coincidentemente, uma das temporadas em que a equipe também chegou ao Super Bowl.
Logo ao aterrissar no Arizona na última segunda-feira, o time de New England tomou providências imediatas para tentar dar fim à discussão. O dono da equipe, Robert Kraft, quebrou o protocolo e concedeu uma entrevista coletiva, na qual defendeu o técnico Bill Belichick e Brady das acusações, além de criticar a postura da NFL no caso.
"Se a investigação não for capaz de definitivamente comprovar que nossa organização adulterou a pressão de ar nas bolas, espero que a Liga peça desculpas a todo o nosso time, em particular a Belichick e Brady, por tudo que eles tiveram de enfrentar na semana passada", declarou. "Estou desapontado pela forma como essa questão tem sido manejada e reportada."
Técnicos e jogadores de Patriots e Seahawks têm se recusado a tecer comentários a respeito das bolas murchas, com a desculpa de que o foco agora é total no confronto de domingo. No entanto, o caso está longe de ser encerrado. Até o momento, a NFL não forneceu nenhum parecer técnico ou sinalizou uma eventual punição aplicada ao Patriots.
Essa não se trata da única demora da liga para se posicionar sobre temas polêmicos na atual temporada. A NFL foi bombardeada por levar muito tempo para punir o running back Ray Rice, então estrela do Baltimore Ravens, acusado de agredir com um soco a esposa Janay Palmer, em fevereiro. Meses depois, a entidade impôs uma suspensão de duas partidas para o jogador, mas o surgimento de imagens do momento da agressão enfureceram a opinião pública pela falta de severidade por parte da NFL na punição. Diante da revolta, Rice foi suspenso por tempo indeterminado.
O comissário da NFL, Roger Goodell, chegou a admitir que errou na maneira com a qual administrou o caso e fez alterações nas políticas de prevenção a abuso doméstico.
Na mesma época, outra grande estrela ganhou manchetes em uma situação semelhante. O running back Adrian Peterson, do Minnesota Vikings, foi acusado de agredir o filho de quatro anos de idade com um graveto, sob a justificativa de estar tentando discipliná-lo. Ao contrário do caso de Rice, a NFL teve um pouco mais de agilidade e afastou Peterson até que as investigações sejam concluídas.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Deixe sua opinião