Mais de meio time do Paraná sentirá pela primeira vez hoje, contra o Paranavaí, o gosto de disputar uma final de campeonato. Seis jogadores escalados pelo técnico Zetti jamais disputaram um confronto direto valendo taça como profissional: os laterais Alex e Egídio, os atacantes Josiel e Lima, o volante Xaves e o meia Dinélson. O baixinho já teve uma experiência parecida. Esteve no banco de reservas do Corinthians na partida que deu ao Timão o tetracampeonato brasileiro em 2005, contra o Goiás.
Na sexta-feira, dia do último treino em Curitiba antes da partida desta tarde, no Waldemiro Wágner, uma das receitas para afastar o nervosismo dos novatos em decisões era o bom humor. Brincadeiras nas cobranças de faltas e nas rodinhas de bobinho escancaravam o alto-astral vivido pelo grupo após a garantia das vagas à fase de mata-mata da Libertadores e à segunda final consecutiva do Tricolor na disputa doméstica.
"Ansiedade existe, mas não é maior que a felicidade por disputar uma final já no primeiro ano como profissional", diz o volante Xaves.
O atacante Lima admite que a ansiedade bate um pouco mais forte em um momento como esse e deixa claro outro expediente adotado pelos calouros da final: o bate-papo. "A concentração tem que ser maior em uma decisão. Acho que o certo é manter sempre o diálogo com o Zetti e com o restante do grupo", ressalta.
Os companheiros de debut concordam. "A conversa entre nós é importante para dar confiança", destaca o atacante Josiel.
Para Xaves, a saída para espantar a inexperiência em um jogo de final é tentar ficar tranqüilo, manter o foco no jogo e conversar com os companheiros de grupo. "Principalmente com os mais experientes", diz o volante.
Apesar de ter vestido a camisa de cinco clubes antes de representar as cores tricolores, Josiel ainda não viveu a experiência de jogar uma partida como a desta tarde. Por isso mesmo, ele é um dos mais animados com a decisão. "Me sinto muito realizado por poder disputar uma final. Para mim é um realização pessoal, principalmente depois de tanta luta para chegar nesse momento, que eu considero um dos melhores na minha carreira", revela.
O técnico Zetti garante que a inexperiência em finais de boa parte do time que enfrentará o Paranavaí hoje não atrapalhará. Otimista, em vez de uma suposta dificuldade ele enxerga um fator de superação.
"Para tudo há uma primeira vez e, na verdade, acho que essa estréia não atrapalha. Pelo contrário, pode até ajudar, pois ela é um estímulo a mais para esses jogadores que nunca participaram de uma final no profissional. Um título é muito bom, e eles sabem disso", diz o treinador.
Para que essa confiança não fique só no discurso, ele ensina o caminho das pedras. "O importante é controlar a ansiedade, pois em uma final nada pode perturbar (o jogador)."
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