O Bom Senso FC promete manifestações ainda mais intensas nas últimas rodadas do Brasileiro. O motivo é a falta de resposta da CBF às reivindicações que o grupo tem feito, como novo calendário e diminuição do número de jogos em uma temporada. Em texto divulgado na tarde de ontem, os atletas, pela primeira vez, admitiram que será necessário uma diminuição em seus salários para a proposta ser colocada em prática.
"Temos a consciência de que um dos primeiros impactos desta medida deverá ser a adequação dos salários dos atletas e a diminuição das despesas dos clubes. O Bom Senso apoia isso, mesmo porque, em um segundo momento acredita-se no aumento das receitas dos clubes", diz o trecho na nota publicada pelo movimento.
Insatisfeito com a CBF, o grupo promete endurecer nas cobranças. "Não definimos como serão as manifestações, mas vocês ficarão sabendo. Será um pouco mais chocante", afirmou o zagueiro Paulo André. Na 34.ª rodada do Brasileirão, na semana passada, os jogadores cruzaram os braços e fizeram um minuto de silêncio antes das partidas.
Paulo André disse que gostaria que mais clubes apoiassem a ideia de maneira oficial, como fizeram Santos e Bahia. O zagueiro do Corinthians, um dos líderes do movimento, disse que o modelo político do futebol brasileiro deixa os clubes em situações desconfortáveis para demonstrar apoio. Os clubes, caso apoiassem o movimento, poderiam sofrer retaliações da CBF.
O zagueiro não criticou os atletas que não aderiram ao movimento, nem teceu comentários sobre os jogadores da seleção, que também não fizeram nenhum tipo de manifestação nos amistosos do Brasil.
Deixe sua opinião