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Após identificar e indiciar o torcedor do Atlético que atirou uma bomba na arquiban­­cada do Couto Pereira no Atletiba do último dia 4, a Polícia Civil vai pedir aos clubes da capital para que reforcem a revista da torcida antes das partidas. Robert Wilson Jukoviski, 20 anos, prestou depoimento na Delegacia Móvel de Aten­­dimento ao Futebol e Eventos (Demafe) ontem. Como não foi preso em flagrante, foi liberado e responderá pelos crimes de atirar explosivo e tumulto em estádio em liberdade.

O delegado-titular da De­­mafe, Clóvis Galvão, afirmou que a entrada dos torcedores nos estádios deve ser feita de maneira mais rígida. "Fica claro que é um caso de revista pessoal mal feita pelas equipes de segurança privada contratadas pelos clubes. Não é possível que não se pegue um artefato desses na entrada", aponta.

Ainda segundo Galvão, sua equipe deve entrar em contato com o Coritiba, responsável pela segurança da partida, para investigar e, quem sabe, até responsabilizar a empresa contratada pela segurança.

"O réu confessou o crime. Disse que estava com os artefatos antes da partida, do lado de fora do estádio e acabou esquecendo de se livrar deles. Ele agiu por impulso ao atirar o explosivo no meio da confusão, disse que foi sem pensar", informa Galvão.

As imagens das câmeras de segurança do Couto Pereira mostram o momento em que Jukoviski tenta se camuflar em meio a outros torcedores, acende e lança o explosivo. O inquérito policial será remetido à Justiça em 30 dias. "Como a prisão não foi em flagrante e ele é réu primá­rio, possivelmente responderá ao processo em liberdade", explica Galvão.

O torcedor é integrante da torcida Os Fanáticos. A soma das penas máximas nas duas acusações que recaem sobre Jukoviski pode chegar a seis anos de detenção. Devido ao mau comportamento das torcidas durante o clássico, Atlé­­tico e Coritiba foram denunciados pela procuradoria do STJD. A data do julgamento deve ser definida na próxima semana.

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