O técnico Paulo Bonamigo adota o mistério para o jogo que pode dar ao Coritiba o simbólico título de campeão do primeiro turno da Série B sábado, às 15h45, contra o Avaí, em Florianópolis. Sem poder contar com Paulo Miranda, Caio, Anderson Gomes (machucados) e Jackson (suspenso), o treinador estuda duas alternativas táticas.
A primeira opção, testada no treinamento de ontem pela manhã no CT da Graciosa, seria manter o falso esquema 442, formação que conquistou 17 dos 24 pontos possíveis depois da paralisação para a disputa do Mundial da Alemanha. Com isso, o volante Márcio Egídio permaneceria como terceiro zagueiro. Peruíbe, Guilherme e Rodrigo Batata formariam o meio-de-campo, com Cristian próximo de Jefferson no ataque.
Pesa a favor dessa escalação o fato de Bonamigo não precisar modificar o sistema que fez com que a equipe saltasse da sétima colocação para a liderança da Série B na fase pós-Copa. O time, porém, perderia velocidade e dependeria demais dos reservas Guilherme (estreante entre os titulares) e Rodrigo Batata (chegou a ser afastado no começo do ano por deficiência técnica).
A possibilidade mais provável, contudo, é que o Coxa volte ao sistema com três defensores de origem, com o retorno de Marcelo Batatais ao lado de Índio e Henrique. Desta maneira, Egídio faria a função de primeiro volante, jogando centralizado, com Guilherme no papel de Jackson, responsável pela armação no lado esquerdo; Rodrigo Batata como um falso Cristian na direita, liberando um pouco mais o Cristian verdadeiro para se juntar a Jefferson.
Atuando no 361, o técnico usaria mais os alas Luís Paulo e Ricardinho no ataque como forma de suprir a perda de velocidade que o time teve com a ausência de Anderson Gomes, artilheiro alviverde no Brasileiro com cinco gols. A tática para garantir um triunfo fora de casa, que não vem desde a vitória sobre o São Raimundo (2 a 1), há mais três meses, justamente na reestréia de Bonamigo no clube, seria explorar o jogo aéreo com os três zagueiros e o centroavante Jefferson.
Recuperado de um edema ósseo no pé direito, independentemente da tática escolhida, Eanes deve ficar como opção para o segundo tempo.
"Eu ainda não sei qual time escalar. Quero aproveitar o treino de amanhã (hoje) para tirar algumas dúvidas. Já atuamos dessa forma, adiantando o Egídio e com três zagueiros atrás. Gostei também da movimentação do Batatinha. Vamos ver, é uma opção", afirmou Bonamigo. "De qualquer maneira, eu já defini que dois jogadores com as mesmas características, como o Jefferson e o Alberto, não atuarão juntos", completou o técnico.
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