A Copa Sul-Americana foi vista pelos clubes brasileiros como uma perturbação por muito tempo. Aos poucos, a competição vai conquistando seu espaço no País, por ser um título internacional e, desde o ano passado, por dar vaga na Copa Libertadores da América. Por isso, o Botafogo vive o dilema de investir tudo no Campeonato Brasileiro, no qual é o quarto colocado, ou dividir atenções com a competição continental.
Para o jogo desta quinta-feira contra o Independiente Santa Fé, da Colômbia, às 21h30, no Engenhão, pela rodada de ida das oitavas de final, vai prevalecer a primeira opção. O técnico Caio Júnior manda um time quase que inteiramente de reservas. Dos titulares regulares, apenas Antônio Carlos, na zaga, e Loco Abreu, no ataque, vão a campo. Quem vai para o jogo, porém, garante empenho e foco total.
"É uma competição interessante porque é de tiro curto e que te dá a oportunidade de chegar à Libertadores", destacou o zagueiro Gustavo, que substituiu Fábio Ferreira. "Quando você tem um grupo como o do Botafogo, tem que brigar em duas frentes e com chances de título. Estamos fazendo um bom Brasileiro e podemos chegar longe na Sul-Americana também. Temos que evitar sofrer gol em casa", pediu o defensor.
Além do mais, a Copa Sul-Americana acaba por ser uma oportunidade para o pessoal do banco pleitear uma vaga entre os titulares e até mesmo uma permanência no grupo para o ano que vem. Ainda mais quando o time vem bem na competição e uma chance aparece esporadicamente. "Para a gente que tem menos chances de jogar, porque os outros estão fazendo um campeonato muito bom, é a chance de se firmar, jogar bem. Falta um pouco de sequência de jogos, mas é algo que temos que superar", disse Felipe Menezes, que assume uma vaga no meio de campo com a ausência de Elkeson.