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O Botafogo teve uma noite inteira a seu favor, com várias chances de matar a partida. Mas tropeçou nos próprios erros, não suportou a pressão do River Plate, que jogou boa parte do tempo com um jogador a menos, e foi eliminado da Copa Sul-Americana, na noite desta quinta-feira, no Estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, com o placar de 4 a 2.

O Bota venceu o primeiro duelo por 1 a 0, no Rio, e essa derrota mostra que o técnico Cuca tinha razão ao afirmar que seu time quase foi campeão carioca e quase campeão da Copa do Brasil. Ou seja, o ano de 2007 fica mesmo no quase, já que a única competição ainda em disputa é o Brasileiro, que tem São Paulo e Cruzeiro brigando pelo título.

Já os argentinos seguem com esperança e aguardam pelo vencedor do duelo entre Defensor e El Nacional, no dia 4 de outubro, para saber quem enfrentam nas quartas-de-final. O Defensor é o provável adversário, já que venceu a primeira partida por 3 a 0.

Primeiro tempo com duas caras

O River ameaçou o gol de Max logo aos quatro minutos, quando Villagra ganhou na corrida de Joilson pela esquerda do ataque, cruzou e Ortega mandou a bola por cima do travessão. Mas foi o Bota que saiu na frente: Joilson e Túlio fizeram bela jogada de ultrapassagem pela direita, o segundo cruzou para dentro da área, dois zagueiros do River escorregaram, e Lucio Flavio entrou chutando de perna esquerda, sem defesa para o goleiro Carrizo, aos dez minutos.

Aos 21, Max salvou o gol de empate dos argentinos ao defender sem dar rebote um chute fortíssimo de Ortega, à sua frente. Aos 31, o mesmo Ortega roubou a bola, tocou para Ferrari, que cruzou da direita, e o atacante Falcao, de cabeça, empatou o jogo. Aos 34, as coisas pioraram para os alvinegros. Zé Roberto fez duas faltas em Ahumada e levou, em menos de um minuto, os cartões amarelo e vermelho, deixando seu time com um homem a menos em campo e sob enorme pressão.

Aos 39, Max e Falcao ficaram frente a frente mais uma vez, mas agora a vantagem foi do goleiro alvinegro, que defendeu uma bomba do argentino à queima-roupa. No último lance do primeiro tempo, mais um susto para o Bota. Ortega recebeu bom passe de Beluschi dentro da área, mas isolou por cima do travessão. Uma ótima hora para terminar a primeira etapa.

48 minutos inacreditáveis

O segundo tempo começou como se o primeiro não tivesse terminado. O River encurralou o Botafogo em seu campo de defesa e partiu em busca dos dois gols que precisava para se classificar. Com Luciano Almeida no lugar de Lucio Flavio, o time alvinegro perdeu ainda mais criatividade.

Aos 10, Max brilhou de novo ao defender um ótimo chute de Falcao. Dois minutos depois, o zagueiro Lusenhoff, que também já havia levado amarelo, fez uma falta violenta em Dodô e foi para o chuveiro mais cedo, melhorando um pouco as coisas para o Bota.

Aos 20, festa do Glorioso: Joilson arrancou em contra-ataque pela direita e entregou com açúcar e afeto para Dodô fazer 2 a 1 no placar. Logo em seguida, os torcedores argentinos começaram a cantar músicas hostis ao técnico Daniel Passarella, que, segundo eles, é torcedor do Boca Juniors, maior rival do River.

Aos 27, Ahumada agrediu Dodô e também foi expulso. Porém, pouco depois, aos 28, Falcao arriscou de longe, Max falhou, e o River voltou a empatar a partida. Aos 33, o jogo tomou ares de filme de suspense dos mais dramáticos, com o terceiro gol do River. Ríos deu um bonito toque após cruzamento da direita, Max, sem ação, ficou parado, e a bola entrou à sua esquerda.

Daí em diante, os corações alvinegros sofreram, dentro e fora de campo. O técnico Cuca gritava desesperadamente para que seu time parasse de dar chutões. De nada adiantou. Até o goleiro Carrizo foi ao ataque com o apoio de seus torcedores. E, aos 47, o que era suspense se transformou em tragédia alvinegra, com o gol de Falcao, que de cabeça completou com estilo um cruzamento de Ortega, da direita.

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