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O 17.º Campeonato Brasileiro de Futebol de Botão foi um sucesso. Divididos em quatro categorias, 212 botonistas participaram do evento organizado pela Federação Paranaense de Futebol de Mesa (FPFM),em Curitiba, e disputado pela regra dos 12 toques. A realização só foi possível graças ao patrocínio da Paraná Esportes, contando também com o auxílio de federações de outros estados. A competição começou no sábado e teve o seu desfecho ontem, no início da tarde, quando foram conhecidos os melhores do Brasil dentro do estilo. Todas as partidas aconteceram nos clubes Curitibano e Dom Pedro II.

Jogadores de dez estados marcaram presença, com predomínio dos radicados em São Paulo, região que conta com o maior número de praticantes na atualidade, cerca de 3 mil. Apesar da distância, também se fizeram presentes competidores do Ceará, Pernambuco e Alagoas. E para estes, o amor pelo botão tem um preço salgado, quase R$ 2 mil, entre gastos com passagens de avião, hospedagem e alimentação. Carlos Cláudio Alencar cruzou o país vindo de Fortaleza, passando por cima da resistência da esposa, e não se importou com os gastos elevados. "Ela quis me matar, é verdade. Mas eu sou alucinado pela coisa", revelou.

O presidente da FPFM, Luiz Carlos da Silva, exaltou a qualidade do evento. "Foi a maior reunião de campeões brasileiros até hoje. O nível foi muito alto." E apesar da falta de investimento do empresariado – se não fosse pela Paraná Esportes dificilmente o campeonato aconteceria – o futuro da disputa está garantido. "A ajuda entre os participantes foi fundamental. E assim nós vamos conseguindo manter nossa paixão", disse Luiz Carlos. Ano que vem, Recife será a sede.

Mas a vida dos aficionados não se resume à cooperação para a perpetuação da prática do futebol de mesa. Além de ajudar diretamente, é preciso combater o inimigo número um: as lan houses. "É difícil convencer a molecada, mas nós não desistimos", comenta o coordenador da Federação Pernambucana, Albérico Francisco da Silva, sobre a preferência dos jovens pelos jogos de computador disputados em rede. Em Recife, segundo ele, há até incentivo municipal para o botão. "A prefeitura tem dado força, comprando mesas para as escolas públicas", contou.

Disputa e regras

As regras básicas: todos os botões devem ser numerados e o tamanho é da preferência de cada jogador (respeitando os limites mínimos e máximos), cada jogador pode dar 12 toques na bola, e as partidas são disputadas em dois tempos de 10 minutos com bolinha de feltro. Um fato interessante é que não há arbitragem, o jogador que está fazendo a jogada define o que foi, e baseado na honestidade de cada um a competição transcorreu sem que fosse necessária nenhuma intervenção da Comissão Disciplinar.

Na primeira fase – dentro das categorias adulto e master – os participantes foram separados em classe ouro, prata, bronze e Copa Curitiba, de acordo com o índice técnico. Algo como as divisões no futebol. No caso, ouro seria a primeira divisão, prata a segunda e assim sucessivamente. Cada classe contando com 16 jogadores.

Em seguida, foram formadas quatro chaves de quatro, classificando-se os dois melhores. Os primeiros jogaram contra os segundos, e sobraram os quatro finalistas, formando assim o emparceiramento das semifinais. Concluída a penúltima fase, foi chegada a hora dos confrontos finais. Nas categorias infantil e juvenil a disputa foi por pontos corridos, com todos jogando entre si. Os oito melhores foram premiados, com troféus do primeiro ao quarto, e medalhas do quinto ao oitavo lugares.

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