A seleção brasileira feminina de vôlei conquistou neste domingo seu 12.º título do Grand Prix na história, em Nanquim, na China. Este, talvez um dos mais inesperados. Com uma equipe bastante renovada, sem as estrelas que fizeram do País uma das maiores potências do esporte nos últimos anos, o Brasil surpreendeu e garantiu o troféu com uma emocionante vitória na decisão sobre a Itália por 3 sets a 2, com parciais de 26/24, 17/25, 25/22, 22/25 e 15/8.
Em uma final com equipes tão jovens, o duelo foi marcado pelas muitas oscilações de ambos os lados. No primeiro e terceiro sets, o Brasil saiu do buraco para buscar viradas que lhe garantiam vantagem na partida. A Itália, por sua vez, venceu a segunda e a quarta parciais de forma contundente. Mas no tie-break, o time brasileiro embalou, ganhou confiança e atropelou as adversárias.
Com o resultado, o Brasil defende o título conquistado no ano passado, quando ainda era liderado por nomes como Sheilla, Fe Garay, Fabiana, Dani Lins, Thaisa, entre outras, que não fizeram parte do elenco deste ano. Desta vez, Natalia, Bia, Adenizia e Tandara foram as responsáveis por garantir a hegemonia do País.
A conquista parecia improvável. Afinal, foram quatro derrotas e muitas oscilações ao longo da competição. Mas neste domingo, as jovens atletas brasileiras mostraram mais experiência que as rivais italianas e impediram o primeiro título do país europeu na competição.
A seleção brasileira começou amplamente superior e abriu 10 a 5 no primeiro set sem maiores dificuldades. Com Roberta distribuindo bem o jogo, as italianas não conseguiam encontrar o ataque adversário. Mas tudo mudou com um pedido de tempo das europeias, que voltaram para o jogo.
Com grande atuação de Egonu e da levantadora Malinov, a Itália empatou, virou a partida e parecia ter o set nas mãos. Com 23 a 21, no entanto, veio a reação brasileira. O time de Zé Roberto voltou para o jogo, virou e fechou a parcial justamente em um erro de Egonu.
Mas quando esperava-se que as italianas ficassem abaladas, elas mantiveram o ótimo momento vivido em boa parte do primeiro set. Diante de muitos erros de Roberta, a seleção europeia conseguiu vantagem confortável logo de cara. Com tranquilidade, foi só confirmar o triunfo para deixar tudo igual.
E a história se repetiu na terceira parcial. O Brasil enfrentava muitas dificuldades para bloquear os potentes ataques de Egonu e, por sua vez, tinha o mesmo trabalho para fugir dos bloqueios adversários. Assim, a Itália voltou a disparar e abriu seis pontos de vantagem.
Só que desta vez, veio a reação brasileira. Natália e Bia apareceram bem no ataque, a Itália sentiu e a juventude da equipe europeia pesou. Em um bloqueio de Adenizia, a virada foi confirmada e o terceiro set foi para a equipe verde e amarela.
Em meio a um jogo cheio de altos e baixos, mais uma vez o quarto set foi todo italiano. Novamente, as europeias dispararam na frente nos primeiros pontos, viram o Brasil ameaçar uma nova reação, mas desta vez tiveram a calma necessária para confirmar o triunfo e levar a partida para o desempate.
Embaladas, as italianas saíram na frente no tie-break, mas o bloqueio e a defesa brasileiros apareceram para uma bela virada. Novamente, a Itália sentiu e, então, foi o Brasil que aproveitou para disparar. Roberta, Rosamaria, Bia, Tandara e Natália funcionaram com perfeição e aí, foi só confirmar o triunfo e comemorar.
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