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Osaka, Japão – Mais uma vez a Rússia tornou-se algoz da seleção brasileira feminina de vôlei. O time comandado por José Roberto Guimarães perdeu a decisão do Campeonato Mundial de Vôlei do Japão por 3 sets a 2 (15/25, 25/23, 25/18, 20/25 e 15/13) e a chance de conquistar um título inédito.

Foi a primeira derrota da equipe brasileira em 18 meses de jogos oficiais. O time ficou com a medalha de prata da competição, igualando o melhor resultado obtido pelo time em mundiais, em 1994, em São Paulo.

A frustração foi evidente especialmente para jogadoras como a levantadora Fofão, que superou uma contusão na panturrilha para continuar no Mundial. Logo após o jogo, tentava explicar a derrota em uma declaração entrecortada pelo choro que tentava conter.

"Fomos guerreiras, lutamos até o fim, mas não deu", afirmou.

A oposto Sheilla tentou encontrar uma justificativa para a derrota. "Não sei se a gente voltou desconcentrada depois daquele pedido de tempo no fim do tie-break...".

A brasileira destacou que o jogo foi bem diferente da vitória brasileira por 3 sets a 1 na segunda fase. "A Rússia jogou bem e mostrou uma outra postura em quadra com a participação da Sokolova (que não jogou no primeiro confronto entre Brasil e Rússia). Acho que ela é uma grande jogadora e fez um belo Mundial."

O técnico José Roberto Guimarães preferiu ressaltar o empenho das brasileiras e, depois de cumprimentar todas, diz que se sentiu honrado e orgulhoso por trabalhar com um grupo que mostrou empenho, mas ainda precisa adquirir mais experiência. Para o treinador, a derrota na final foi um "pecado" mas a equipe "caiu em pé" e mostrou dignidade.

"Gostaria de agradecer nossas jogadoras. Elas lutaram até o fim. Acho que elas trabalharam duro no tie-break e acho que em uma situação como aquela era difícil dizer quem ganharia ou quem perderia", disse o treinador, que vai preparar o grupo para os Jogos Pan-Americanos, no ano que vem.

O técnico da Rússia, o italiano Giovanni Caprara, ressaltou a atuação de três jogadoras de sua equipe. "A Rússia ganhou este título depois de 16 anos de espera (contando as vitórias da União Soviética) porque encontrou três jogadoras em nível máximo: Godina, Gamova e Sokolova. Estas três jogadoras mostraram uma forte motivação e sem isso não seria possível jogar em alto nível."

A capitã, Sofronova, ressaltou que a vitória teve grande significado para as russas, que vêm de três bronzes em mundiais. As brasileiras vinham embaladas pela vitória nas semifinais sobre Sérvia e Montenegro por 3 sets a 1 (25/17, 25/14, 21/25 e 25/20) na quarta-feira, enquanto a Rússia pulverizou a equipe da Itália em 3 sets a 0 (25/19, 25/16 e 25/20) para chegar à decisão do título.

O momento decisivo da partida de ontem foi no tie-break, quando o Brasil liderava por 13 a 11. A partir daí, o time se desconcentrou, Zé Roberto pediu dois tempos seguidos, mas as russas não deram chance, fechando em 15 a 13.

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