País onde foi criado o judô e onde o esporte se desenvolveu até ganhar o mundo, o Japão sempre foi o rival a ser batido em olimpíadas. Em Londres não será diferente e o Brasil, que almeja voltar a subir ao lugar mais alto do pódio após 20 anos, sabe que terá enorme trabalho principalmente com as japonesas.
"Não tenho nenhuma dúvida de que as japonesas são uma ameaça maior do que os japoneses. O ranking olímpico masculino tem sete líderes de países diferentes, o que mostra um equilíbrio muito grande. Já no feminino, em cinco das sete categorias a primeira colocada é japonesa", afirma o coordenador técnico internacional da seleção brasileira de judô, Ney Wilson Silva.
Nas duas últimas olimpíadas, o Japão conquistou um total de 17 medalhas, sendo 12 de ouro. Só no Mundial de Paris, no ano passado, foram outras 17, sendo cinco douradas. Nas três categorias mais leves entre as mulheres, três ouros e duas pratas (no Mundial podem lutar dois atletas por país em cada categoria. Na Olimpíada, só um).
"Principalmente nas categorias mais baixas, as japonesas são muito fortes, competitivas e frias, o que faz com que tenham resultados bons em Olimpíadas. Elas não se deixam envolver pela atmosfera, não se preocupam com o glamour da competição, e isto faz diferença", comenta a técnica da seleção feminina, Rosicléia Campos.
Mas para Luiz Shinohara, técnico dos homens, nos últimos anos a diferença entre o judô praticado no Brasil e no Japão se reduziu bastante. E também os brasileiros perderam o medo de lutar contra os japoneses, que antes sempre entravam como favoritos.
"No passado, quando nossos atletas não saíam do país para competir e treinar, existia uma preocupação ao lutar contra japoneses. Atualmente, vamos todos os anos para o Japão realizar treinos, e, assim, a preocupação diminuiu muito. Hoje, em muitas categorias, são os japoneses que se preocupam com os brasileiros."
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