Brasil começa mal na Copa do Mundo

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A seleção masculina de vôlei começou a Copa do Mundo com o pé esquerdo. Sofrendo muito com o saque dos Estados Unidos e errando bastante, a equipe do técnico Bernardinho perdeu a partida de estréia por 3 sets a 0, parciais de 25/27, 28/30 e 20/25, em 1h33 de disputa, no Matsumoto City General Gymnasium. O ponteiro Giba, com 14 acertos, foi o principal pontuador do Brasil na partida.

Os dois times voltaram a se enfrentar após a derrota da seleção de novos do Brasil para os americanos na final da Copa América, quando Bernardinho se irritou com as provocações adversárias e chegou a dizer que eles tremeriam contra o time principal.

A Copa do Mundo classifica os três primeiros colocados para os Jogos Olímpicos de Pequim. A competição é o primeiro grande teste que a equipe de Bernardinho encara sem o levantador Ricardinho, cortado às vésperas dos Jogos Pan-Americanos. Sem o ex-capitão, o Brasil disputou três campeonatos: campeões do Pan e do Sul-Americano; e vice na Copa América.

A seleção tenta a recuperação nesta segunda-feira, contra a Espanha, às 7h30m (horário de Brasília), enquanto os Estados Unidos enfrentam Porto Rico às 4h30m.

O jogo

Apesar das equipes começarem trocando pontos, o equilíbrio durou pouco. Com saques forçados e um bloqueio muito eficiente - destaque para Giba no fundamento – a seleção chegou a abrir seis pontos de vantagem. Porém, quando a vitória na parcial parecia certa, Dante tentou explorar o bloqueio dos Estados Unidos e a bola foi para fora. O juiz entendeu que a bola não havia tocado em ninguém, irritando os brasileiros, que passaram a errar mais e deixando o time americano igualar o marcador.

A partir daí, o jogo ficou tenso. As equipes se alternavam no placar e o set só foi decidido após o 25º ponto. Stanley entrou para sacar e, com duas aces, fechou a parcial em 27 a 25, para desespero do técnico Bernardinho.

Time começa bem, mas alegria dura pouco

O segundo set começou como havia terminado o primeiro: com Stanley fazendo ace, contando com a ajuda da rede que amorteceu seu saque. As duas equipes passaram a usar as suas principais armas: o Brasil explorava a bola rápida do fundo, com Giba e Dante, enquanto os Estados Unidos apostavam na boa relação de seu bloqueio com a defesa.

E foi em um desses bloqueios que os americanos conseguiram abrir três pontos de vantagem. Mas a resposta brasileira foi imediata: dois pontos de ataque e dois de bloqueio colocaram a seleção à frente do placar para delírio da torcida japonesa que vaiava todos os saques americanos e vibrava com os pontos brasileiros. Porém, nem toda a energia que emanava das arquibancadas parecia ser suficiente. Em mais um fim de set dramático, a seleção brasileira sofreu com os saques americanos e mais uma vez perdeu a parcial, desta vez por 30 a 28.

Blecaute em quadra

O terceiro set foi equilibrado até o meio da parcial, quando os saques americanos voltaram a fazer estrago. Pior para o Brasil ,que errou muito e permitiu que os Estados Unidos abrissem três pontos de vantagem. Vendo a situação de sua equipe, Bernardinho tirou Dante e André Nascimento e colocou Murilo e Anderson. Contudo, as mudanças não surtiram efeito.

Stanley, mais uma vez, fez a diferença na hora de sacar, destruindo a defesa brasileira. Tudo dava certo para os Estados Unidos e até o líbero chegou a defender uma bola quando já estava sentado. O Brasil tentou esboçar uma pequena reação, mas não foi suficiente para vencer o set que terminou favorável aos americanos: 25 a 20.